Morreu o actor António Montez, um dos rostos de Vila Faia
Falha renal vitimou o intérprete conhecido do grande público pelo seu trabalho em algumas das primeiras telenovelas feitas em Portugal.
O funeral realiza-se na quarta-feira, às 13h30, do centro funerário Santa Joana Princesa para o cemitério dos Olivais, em Lisboa, anunciou a agência funerária. O velório do actor realiza-se esta terça-feira, a partir das 18h, naquele centro funerário, à avenida dos Estados Unidos da América.
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O funeral realiza-se na quarta-feira, às 13h30, do centro funerário Santa Joana Princesa para o cemitério dos Olivais, em Lisboa, anunciou a agência funerária. O velório do actor realiza-se esta terça-feira, a partir das 18h, naquele centro funerário, à avenida dos Estados Unidos da América.
De acordo com o também actor Heitor Lourenço, que deu a notícia no seu perfil de Facebook esta tarde, António Montez morreu na sequência de falha renal num hospital de Lisboa onde se encontrava internado desde quinta-feira. “Um amigo” e “grande profissional”, descreveu Heitor Lourenço.
Vila Faia (1982), Origens (1983) e Chuva na Areia (1985), todas da RTP, são algumas das telenovelas em que António Montez participou, tendo mais recentemente feito parte do elenco de Floribella (2006, SIC), Vingança (2007, SIC) e Olhos nos Olhos(2008, TVI). Oriundo no Cartaxo, onde nasceu em 1941, Montez era casado e tinha três filhos, entre os quais a actriz Helena Montez. Nascido em 1941, no Cartaxo, a última vez que subiu ao palco na sua terra natal, foi em 1969, ao lado de Raul Solnado, na peça A Preguiça, no Cine-Teatro Ribatejo.
Do seu currículo fazem ainda parte os telefilmes O Outro Lado da Mentira, Há Sempre um Amanhã e Noiva Precisa-se, todos de 2012. Fez parte do elenco de Amália – o filme (2008) e das séries Aqui não há quem viva (2006), Inspector Max (2004), Os Malucos do Riso (2003), Retalhos da vida de um médico (1980) ou O olhar da serpente (2002).
No cinema esteve na primeira curta de João Botelho, Alexandre e Rosa (1978), em Dina e Django, de Solveig Nordlund (1982) e
em Pedro só (1971), de Alfredo Tropa, no âmbito do Novo Cinema Português.
Estreou-se em televisão em 1969 com Trilogia das Barcas, uma adaptação de Gil Vicente por Luís Francisco Rebello, e nos palcos no Teatro Experimental do Porto, companhia que, segundo a Lusa, integrou aos 23 anos depois de abandonar o curso de Medicina.
António Montez veio trabalhar para Lisboa no final da década de 1960 e trabalhando no teatro, na rádio e na televisão, informa a Lusa. Além de se afirmar como actor, Montez tem também créditos na realização e encenação em Morte de um Caixeiro Viajante, de Arthur Miller (1974), encenando e protagonizando Português, escritor, 45 anos de idade, de Bernardo Santareno, no Teatro Maria Matos. No ano da revolução, foi um dos fundadores do Teatro Adoque, adianta ainda a Lusa.
Notícia corrigida às 17h17: indicação do número de filhos de António Montez
Notícia actualizada dia 23 às 14h10 com a informação do funeral