“Se querem fazer homenagens, façam enquanto [as pessoas] estão vivas. Não sou apologista que o façam depois de [as pessoas estarem] mortas”, disse o futebolista do Real Madrid, antes de descerrar a estátua, da autoria do escultor madeirense Ricardo Veloza. O atleta confidenciou ainda que nunca pensou ter uma estátua “ainda vivo”, com o seu nome.

“Se querem fazer homenagens, façam enquanto [as pessoas] estão vivas. Não sou apologista que o façam depois de [as pessoas estarem] mortas”, disse o futebolista do Real Madrid, antes de descerrar a estátua, da autoria do escultor madeirense Ricardo Veloza. O atleta confidenciou ainda que nunca pensou ter uma estátua “ainda vivo”, com o seu nome.

Acompanhado pela mãe Dolores Aveiro e pelo filho Cristiano, o capitão da selecção portuguesa recordou que foi na Madeira onde construiu as “bases da vida e do futebol”, junto da sua família. Grato e motivado pelas homenagens, prometeu “dar muitos troféus, muitos títulos” e “continuar a divulgar o nome da Madeira”.

À inauguração da estátua, a retratar o atleta na característica posição com que prepara a marcação de livres, assistiram individualidades regionais e muitos populares, incluindo turistas que tentaram obter autógrafos do craque. Alberto João Jardim aproveitou esta iniciativa do Jornal da Madeira para declarar que Ronaldo “representa a força de vontade que os madeirenses sempre demonstraram durante séculos”, apesar de viverem numa ilha isolada e sob “exploração” exterior. Recordando que o sucesso do atleta “foi conseguido com muita disciplina, muito talento e muito empenho”, o presidente do governo regional agradeceu ao “maior madeirense vivo” tudo o que tem feito para que “os madeirenses sintam orgulhosos e honrados com o principal jogador do mundo”.

A estátua em bronze, com 3,40m de altura e 800 quilos de peso, fica na Avenida Sá Carneiro, junto à Praça do Mar e ao espaço onde ficará o novo Museu CR7.

Uma condecoração que fica num "canto especial"
Antes da inauguração da estátua, já Cristiano Ronaldo tinha sido agraciado com a Medalha de Mérito da Região Autónoma da Madeira, numa cerimónia na Assembleia Legislativa.

Nas breves palavras que pronunciou durante a cerimónia, Ronaldo revelou o seu “orgulho por estar na Madeira”. “Onde fui criado, onde tenho as minhas raízes e a minha família”, disse, acrescentando: “É um privilégio imenso voltar a estar com o povo madeirense que também sou”.

Confessando que o discurso não é o seu “forte” – “sou melhor a jogar futebol” –, o número sete do Real Madrid, que conquistou no sábado o título de campeão mundial de clubes, disse ainda que vai guardar o “momento histórico” da condecoração “num canto especial da vida”.

Antes de agraciar o futebolista com a mais alta condecoração da região, o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira destacou que Ronaldo “fez do trabalho o seu mandamento e a sua divisa”. “Não há sucesso sem trabalho e o Ronaldo é um exemplo disso”, frisou ainda Miguel Mendonça, acrescentando que o atleta “não se deixou deslumbrar pelo sucesso”, sendo hoje “um cidadão do mundo” e “ídolo de imensas personalidades e de cidadãos de todas as nacionalidades.”

A atribuição da Medalha de Mérito da Região Autónoma da Madeira, proposta pelo governo regional, foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa regional. Teve em conta “a extraordinária categoria profissional do atleta e, sobretudo, o seu carácter e qualidades pessoais”, bem como “o que vem representando para o conhecimento e divulgação da Madeira no mundo”.

À cerimónia assistiram Irineu Barreto, representante da República, Alberto João Jardim, presidente do governo regional, Gris Teixeira e Bruno Carvalho, presidentes do Nacional e do Sporting, clubes que Ronaldo representou em Portugal e que se enfrentam para o campeonato de futebol no dia da condecoração do seu antigo atleta. Neste acto esteve também presente Jorge Mendes, empresário do atleta.