Motorista de Sócrates volta amanhã a ser interrogado

“Está disposto a esclarecer tudo isto. Não tem nada de que se possa arrepender. Arrepender-se de quê?! De ter conduzido José Sócrates?”, interroga o advogado.

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Miguel Manso

Da primeira vez que tinha sido interrogado, quando foi detido no mês passado, João Perna não esclareceu o juiz Carlos Alexandre sobre o seu alegado envolvimento no transporte de malas de dinheiro entre Lisboa e Paris. Mais tarde o motorista fez saber, através do seu advogado Ricardo Candeias, que se encontra disponível para colaborar com as autoridades.

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Da primeira vez que tinha sido interrogado, quando foi detido no mês passado, João Perna não esclareceu o juiz Carlos Alexandre sobre o seu alegado envolvimento no transporte de malas de dinheiro entre Lisboa e Paris. Mais tarde o motorista fez saber, através do seu advogado Ricardo Candeias, que se encontra disponível para colaborar com as autoridades.

“Está disposto a esclarecer tudo isto. Não tem nada de que se possa arrepender. Arrepender-se de quê?! De ter conduzido José Sócrates?”, interroga o seu representante legal, que solicitou esta terça-feira, num requerimento ao Tribunal Central de Instrução Criminal, a libertação imediata do motorista, alegando várias nulidades processuais. Neste mesmo requerimento pedia que o motorista voltasse a ser ouvido por Carlos Alexandre. “Mas o Ministério Público antecipou-se, convocando-o para um interrogatório complementar”, refere Ricardo Candeias, segundo o qual já depois da detenção do seu cliente surgiram factos “muito relevantes” para que a cadeia possa vir a ser substituída por prisão domiciliária.