"Shrooms": um jogo em que tu és aquilo que comes
No jogo, desenvolvido pela Immersive Douro, podemos planar, respirar debaixo de água ou ter uma língua de sapo. Todas as mutações têm prós e contras
A Immersive Douro está a desenvolver um novo jogo que convida à exploração e que permite que a personagem principal sofra mutações de modo a adaptar-se a novos desafios. Assim se define o novo jogo desta empresa de "game developing", denominado “Shrooms”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Immersive Douro está a desenvolver um novo jogo que convida à exploração e que permite que a personagem principal sofra mutações de modo a adaptar-se a novos desafios. Assim se define o novo jogo desta empresa de "game developing", denominado “Shrooms”.
“Shrooms” é um jogo do género "survival", que permite que um jogador desenvolva a sua própria personagem e que com a mesma explore um mundo aberto. Pedro Geada, 22 anos, que trabalha na Immersive Douro há dois anos, admitiu que uma das inspirações para o desenvolvimento deste jogo foi o filme “Nausicaä of the Valley of the Wind”, de Hayao Miyazaki. O jogo existe para PC, por agora, e está a ser desenvolvido progressivamente.
Ao longo do jogo, o jogador vai ter que se adaptar e satisfazer necessidades da sua personagem: como na vida real, a personagem tem energia, sede, fome, etc. e de modo a sobreviver essas necessidades precisará de atenção. Tudo aquilo com que interagimos, mais especificamente os alimentos que vamos encontrando espalhados pelo espaço dentro do jogo, afecta e muda as caracterísiticas da personagem e influencia a jogabilidade de algum modo. “Tudo o que tu comes neste mundo para sobreviver afecta-te de alguma maneira. Todas as mutações que fores ganhando mudam o 'gameplay' de alguma maneira”, explicou Pedro Geada ao P3.
A personagem pode comer cogumelos que lhe darão lâminas nos braços, o que lhe permite usar essa habilidade quer para defesa, quer para cortar árvores. Há também uma mutação que dá à personagem uma língua de sapo, permitindo que o jogador possa roubar objectos que estão longe de si. Uma outra possibilidade permite que a personagem possa planar e ainda existe outra que permite a habilidade de respirar debaixo de água.
O jogador tem mesmo assim que ter cautela com a forma como algumas mutações o afectarão. Por exemplo, se ganhar a habilidade de respirar debaixo de água ficará incapaz de viver sobre a terra. Uma outra mutação que permite que o jogador nade mais depressa torna-o lento em terra. Assim todas as mutações têm os seus prós e contras.
A Immersive Douro esteve recentemente no Comic Con Portugal, onde expôs este novo projecto que captou o interesse de muitos que por lá passaram. “As pessoas têm reagido muito bem, tanto ao estilo gráfico do jogo, como à ideia das mutações. Toda a gente acha isto muito original, o que é das melhores recompensas que podemos ter como developers”, expôs Pedro.
A empresa foi fundada em 2012, tendo começado com apenas três pessoas; actualmente estão oito pessoas envolvidas. O seu primeiro jogo foi um “beat’em up” chamado “Johnny Scraps: Clash of Dimensions” permitia que o jogador controlasse um porco, de nome Pig, de modo a derrotar vários exércitos, enviados por um cientista, para poder regressar a casa e restaurar equilíbrio ao universo. Este jogo está disponível para Android, Apple, Windows, PC e OUYA.
Além do projecto "Shrooms", a Immersive Douro aproveitou ainda para expor no Comic Con "Johnny Scraps: i Tap & Slash", jogo que se apresenta como sendo um "smasher", ao estilo "Fruit Ninja".