Uma greve quase inédita
Trabalhadores da empresa só participaram todos numa paralisação em 1993.
Desde esse dia que a transportadora aérea não enfrentava protestos com a dimensão dos que se avizinham a 27, 28, 29 e 30 de Dezembro, unindo todas as classes profissionais do grupo.
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Desde esse dia que a transportadora aérea não enfrentava protestos com a dimensão dos que se avizinham a 27, 28, 29 e 30 de Dezembro, unindo todas as classes profissionais do grupo.
No ano passado, chegou a estar em cima uma greve conjunta de três dias para contestar os cortes salariais previstos no Orçamento do Estado, mas a paralisação foi suspensa. Também nessa altura o Governo acenou com a criação de um grupo de trabalho que, dessa vez, foi suficiente para serenar a contestação dos trabalhadores, já que resultou num regime de adaptação às reduções remuneratórias.
Mas o ano de 1993 foi verdadeiramente atípico, com sucessivas greves às horas extraordinárias e ameaças de protestos de 24 horas, que acabaram por ser suspensos. E, no final de Outubro, chegou a haver intensos confrontos entre a polícia e cerca de dois mil trabalhadores, que invadiram o aeroporto para contestar o processo de reestruturação da TAP, que também passava por despedimentos.
Foi, aliás, deste processo que surgiu a injecção de dinheiro do Estado na empresa, a partir de 1994, e num total de 180 mil milhões de contos (cerca de 900 milhões de euros).