Ida, do polaco Pawel Pawlikowski, vence Prémio LUX do Parlamento Europeu

O Parlamento Europeu vai financiar a legendagem do filme nas 24 línguas oficiais da União Europeia, distribuir no espaço europeu e a adaptar a versão original para pessoas com deficiência visual e auditiva.

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Ida, um filme de época que se passa na Polónia comunista, em 1962, e retrata a vida de Anna, que está prestes a celebrar os votos religiosos, mas que, entretanto, descobre o seu passado e os muitos segredos que ele contém, já tinha conquistado na semana passada os principais prémios da Academia Europeia de Cinema.

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Ida, um filme de época que se passa na Polónia comunista, em 1962, e retrata a vida de Anna, que está prestes a celebrar os votos religiosos, mas que, entretanto, descobre o seu passado e os muitos segredos que ele contém, já tinha conquistado na semana passada os principais prémios da Academia Europeia de Cinema.

Os filmes europeus “permitem-nos aprender sobre a nossa história partilhada e sobre as histórias dos nossos vizinhos, dão-nos perspectivas sobre a vida noutros países e ajudam-nos a conhecermo-nos melhor a nós próprios e aos nossos vizinhos”, escreveu em comunicado Martin Schulz. “As histórias contadas através do cinema europeu facilitam a compreensão mútua e fortalecem o sentimento de pertença, ultrapassando as barreiras nacionais", acrescentou ainda o presidente do Parlamento Europeu. 

Ida estava nomeado ao Prémio LUX com O Inimigo da Classe, do esloveno Rok Bicek, e Raparigas, da francesa Céline Sciamma.

Criado em 2007 para valorizar longas-metragens de origem europeia, premiando os filmes que melhor contribuem para realçar a identidade e a diversidade cultural europeia, o Prémio LUX foi atribuído a obras como Do Outro Lado, de Fatih Akin, em 2007, O Silêncio de Lorna, dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, em 2008, Welcome – Bem-vindo, de Philippe Lioret, em 2009, O Estrangeiro, de Feo Aladag, em 2010, As Neves do Kilimanjaro, de Robert Guédiguian, em 2011, Shun Li e o Poeta, de Andrea Segre, em 2012, e Ciclo Interrompido, de Felix Van Groeningen, em 2013.

Ao contrário de outros prémios, os LUX não atribuem dinheiro aos vencedores. O Parlamento Europeu responsabiliza-se por financiar a legendagem do filme vencedor nas 24 línguas oficiais da União Europeia, distribuir no espaço europeu e a adaptar a versão original para pessoas com deficiência visual e auditiva.