Ministério alarga até segunda-feira prazo para jovens médicos escolherem especialidade

Médicos lançam petição pública em que pedem adiamento dos prazos para escolherem a futura especialidade, decisão que condicionará toda a sua vida profissional

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Mais de mil médicos assinaram um documento de objecção à lei Fernando Veludo/nFactos

O processo de escolha das 1548 vagas por parte dos candidatos começou esta terça-feira, às 14h30, e estava previsto terminar na sexta-feira. Resta saber se esta cedência é suficiente para pôr fim ao processo de contestação que se iniciou esta terça-feira, depois de a ACSS ter publicado com atraso o mapa de vagas na segunda-feira. Inconformados com o facto de terem menos de quatro dias para tomarem uma decisão que condicionará toda a sua vida profissional, vários jovens médicos lançaram esta terça-feira uma petição pública e ameaçaram organizar uma concentração para protestar em frente à ACSS.

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O processo de escolha das 1548 vagas por parte dos candidatos começou esta terça-feira, às 14h30, e estava previsto terminar na sexta-feira. Resta saber se esta cedência é suficiente para pôr fim ao processo de contestação que se iniciou esta terça-feira, depois de a ACSS ter publicado com atraso o mapa de vagas na segunda-feira. Inconformados com o facto de terem menos de quatro dias para tomarem uma decisão que condicionará toda a sua vida profissional, vários jovens médicos lançaram esta terça-feira uma petição pública e ameaçaram organizar uma concentração para protestar em frente à ACSS.

Na petição, os médicos exigem “o cumprimento do período legal de 10 dias úteis entre a divulgação do mapa de vagas e a divulgação das opções” e ainda “um período mínimo de cinco dias úteis entre a publicação da lista de colocados e o início da formação específica”, que arranca já em 2 de Janeiro.

São médicos internos do chamado “ano comum”, que têm de escolher a especialidade em que se vão formar nos próximos anos. Depois de terminarem o 6.º ano do curso, os recém-licenciados fazem um ano de estágio (o ano comum) e só então se candidatam a uma especialidade. Como este ano se corria o risco de que o número de vagas para a escolha da especialidade não chegasse para todos os candidatos, a divulgação do mapa de vagas só ocorreu na noite de segunda-feira.

Se o calendário não fosse alterado entretanto, os jovens terão na prática apenas dois minutos para escolher a especialidade e a unidade onde vão trabalhar nos próximos anos, tinha calculado a Ordem dos Médicos (OM), que se juntou aos jovens internos na contestação a estes prazos.

A ACSS justifica o atraso com a necessidade de encontrar solução para todos os candidatos. “Foi cumprido o objectivo de atribuir uma vaga para cada candidato”, explica em comunicado, notando que o mapa “contempla vagas para todos os candidatos que se apresentaram à área profissional de especialização, num total de 1548”, mais 71 do que no ano passado.

Numa nota à imprensa em que critica com violência os prazos, o presidente do Conselho Regional do Norte da OM sugerira um adiamento de 48 horas para o início das escolhas e a prorrogação, por 15 dias, da data prevista para o início das funções dos jovens médicos (2 de Janeiro). A ACSS contrapôs que já tem o apoio da Associação de Estudantes de Medicina, que terá reconhecido que o mais importante era que houvesse vagas para todos.

Sublinhando que também insistiu com a ACSS para que esta concedesse um prazo mais alargado, sem sucesso, o CNE da Ordem dos Médicos nota que estas opções “vão condicionar toda a vida profissional dos candidatos”. “A Ordem ainda tem esperança que o espírito de Natal consiga romper a insensibilidade das paredes da ACSS”, remata.

 

Notícia actualizada às 22h50 com a informação do Ministério da Saúde sobre o adiamento do prazo para a escolha da especialidade dos jovens médicos