Número de passageiros da TAP que já alteraram viagens sobe para dez mil
Companhia deixou de vender bilhetes para os dias da greve desde a semana passada.
De acordo com um comunicado enviado pela empresa, “até agora mais de dez mil clientes já contactaram a TAP e alteraram para outras datas ou anularam as suas reservas em voos nos dias da greve”. Não se sabe, porém, quantos escolheram a segunda opção, que significa uma perda imediata de receitas para a companhia.
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De acordo com um comunicado enviado pela empresa, “até agora mais de dez mil clientes já contactaram a TAP e alteraram para outras datas ou anularam as suas reservas em voos nos dias da greve”. Não se sabe, porém, quantos escolheram a segunda opção, que significa uma perda imediata de receitas para a companhia.
“No dia 11 de Dezembro, a TAP foi informada da realização de uma greve nos dias 27, 28, 29 e 30 de Dezembro. Nessa altura, contava com cerca de 130 mil reservas”, refere a transportadora aérea, acrescentando que “de imediato foi suspensa a venda de bilhetes para estes voos e autorizada sem qualquer penalização a mudança para datas fora do período de greve ou o respectivo reembolso”.
A companhia de aviação está a apelar a todos os passageiros que pretendam alterar as viagens para entrarem em contacto com os serviços de atendimento.
Os sindicatos anunciaram a intenção de fazer greve durante quatro dias, entre o Natal e o Ano Novo.
Nesta terça-feira, em declarações no Ministério da Economia, sem direito a perguntas, Sérgio Monteiro referiu que "a forma como, 72 horas após a reunião, se procurou condicionar a constituição do grupo de trabalho (...) revela que os sindicatos não estão interessados em qualquer negociação e pretendem avançar com a greve na quadra natalícia".
O secretário de Estado referiu ainda que o memorando enviado pela plataforma sindical "fere a aproximação e o entendimento tido pelas partes na reunião de sexta-feira". Estas declarações surgiram depois de o ministro da Economia, Pires de Lima, ter deixado claro que o Governo recusa suspender a privatização do grupo.
A greve geral de quatro dias provocou igualmente a demissão do presidente do sindicato dos tripulantes. Numa carta, a que o PÚBLICO teve acesso, Rui Luís declara que cessa “a partir de hoje [terça-feira] e com efeito imediato” as suas funções no Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC). A decisão foi tomada por causa do conteúdo da proposta enviada ao Governo ao início da noite de segunda-feira.
O presidente do sindicato concordou com o documento, mas a sua opinião não foi seguida pela direcção do SNPVAC, que optou por abandonar a plataforma sindical. E, por isso, Rui Luís decidiu abandonar o cargo.