Novo líder da JSD estreia-se com críticas a Nuno Crato
Simão Ribeiro reprova forma como decorreu início do ano lectivo e os sucessivos cortes no financiamento do ensino superior.
Nuno Crato e o Ministério da Educação e Ciência (MEC) foram alvos de Ribeiro no primeiro discurso como presidente da “jota” social-democrata. “Não podemos continuar a deixar os professores como deixámos este ano”, acrescentou, prometendo o apoio da JSD para melhorar o sistema de colocação de professores, a sua autonomia e a forma como acedem e progridem na carreira.
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Nuno Crato e o Ministério da Educação e Ciência (MEC) foram alvos de Ribeiro no primeiro discurso como presidente da “jota” social-democrata. “Não podemos continuar a deixar os professores como deixámos este ano”, acrescentou, prometendo o apoio da JSD para melhorar o sistema de colocação de professores, a sua autonomia e a forma como acedem e progridem na carreira.
A Educação foi o tema central da intervenção de Simão Ribeiro, eleito no congresso que decorreu neste fim-de-semana em Braga presidente da JSD para os próximos dois anos. O deputado eleito pelo círculo eleitoral do Porto prometeu apresentar, em breve, um projecto de resolução no Parlamento para recuperar a disciplina de Educação Cívica nas escolas e criticou os cortes sucessivos feitos no financiamento do ensino superior.
“Não se pode ir cortando um pouquinho em cada ano, sem fazer avaliação do conteúdo e de mérito”, defendeu o líder da JSD, para quem é necessária “uma reflexão sobre o modelo de financiamento das instituições do ensino superior”.
Simão Ribeiro apontou também o dedo ao modelo de formação profissional que tem vindo a ser seguido no país: “Basta de criação de empresas, que tantas vezes não ajudam ninguém, nem dão qualificação nenhuma às pessoas”. E criticou a utilização abusiva da figura dos estágios nas empresas, recusando que a geração a que pertence seja a dos “escravos qualificados”.
Apesar das críticas, Simão Ribeiro disse “confiar muito” no caminho que tem vindo a ser seguido, mostrando também a sua confiança de que o Governo de Passos Coelho vai criar condições para aliviar a carga fiscal e criar emprego. E fez a defesa do líder do PSD, considerando que não foi este quem “mandou os jovens emigrar”, mas “anos e anos de despesismo” e “pouca vergonha ao desbarato” que criaram uma situação “insustentável” no país.