Legionella detectada em fábrica de Sines

Tanto no Hospital do Litoral Alentejano como nos centros de saúde da região não há registo de pessoas infectadas com a bactéria. Euroresinas suspendeu laboração.

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O surto de Legionella que Portugal viveu recentemente foi o mais grave de sempre no país DR

Na reunião que estas duas entidades mantiveram hoje com a administração da Euroresinas, foi-lhes transmitido que nas análises efectuadas “por rotina” em 27 de Novembro à água da torre de refrigeração da fábrica “foram detectadas colónias de Legionella spp”. A empresa diz ter sido confrontada ontem (quarta-feira) com esta informação e logo “procedeu à paragem imediata da laboração, informando depois as autoridades ter já “implementado medidas correctivas”.

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Na reunião que estas duas entidades mantiveram hoje com a administração da Euroresinas, foi-lhes transmitido que nas análises efectuadas “por rotina” em 27 de Novembro à água da torre de refrigeração da fábrica “foram detectadas colónias de Legionella spp”. A empresa diz ter sido confrontada ontem (quarta-feira) com esta informação e logo “procedeu à paragem imediata da laboração, informando depois as autoridades ter já “implementado medidas correctivas”.

Garante ainda que a Euroresinas está em permanente articulação com o médico de medicina no trabalho, o Hospital do Litoral Alentejano e a Direcção-Geral da Saúde para garantir o controlo do surto de Legionella.

O PÚBLICO contactou Egídio Fernandes, dirigente da União de Sindicatos de Sines e Santiago do Cacém, que confirmou o teor desta informação e referiu que a empresa “de imediato” parou a produção, uma decisão que o sindicalista enalteceu, frisando que a organização sindical está a acompanhar o acontecimento. Salientou ainda que os trabalhadores “estão envolvidos” nas acções de limpeza das áreas afectadas pelo surto, sublinhando que “é do seu interesse [dos trabalhadores] que a laboração seja rapidamente retomada”.

No entanto, “o sindicato está preocupado” com o que eventualmente possa estar a acontecer noutras empresas do complexo de Sines, igualmente susceptíveis de poderem vir a ser contaminadas pela bactéria patogénica.

Egídio Fernandes advoga uma intensa vigilância em todas as unidades industriais que tenham equipamentos onde colónias de Legionella se possam acolher.

Da informação que já lhe foi possível recolher, tanto no Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, como nos centros de saúde da região, não há registo de pessoas com sintomas que indiciem a presença de Legionella. Mesmo assim, o sindicalista alerta para a necessidade de vigilância apertada a todos aqueles que trabalham no complexo de Sines e que residem, na sua maior parte, na cidade de Santo André ou em Santiago do Cacém.

A Assembleia Municipal de Sines vai reunir esta noite e a CDU vai colocar na ordem de trabalhos a discussão do surto de Legionella na Euroresinas.