Presidentes de seis das maiores construtoras brasileiras acusados no esquema de corrupção da Petrobras
Procuradoria acusa 35 suspeitos de participar nas fraudes da petrolífera estatal. O procurador identificou 154 actos de corrupção e mais de uma centena de episódios de lavagem de dinheiro.
A Procuradoria também acusou os directores executivos de seis das maiores empresas de construção brasileiras – da OAS, Camargo Corrêa, UTC, Mendes Júnior, Engevix e Galvão Engenharia – e outros 22 indivíduos vinculados às empreiteiras, que são suspeitos dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e formação de organização criminosa. A acusação será avaliada pelo juiz responsável pelo caso do “petrolão”, Sergio Moro, que decidirá pela abertura de um processo penal ou não.
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A Procuradoria também acusou os directores executivos de seis das maiores empresas de construção brasileiras – da OAS, Camargo Corrêa, UTC, Mendes Júnior, Engevix e Galvão Engenharia – e outros 22 indivíduos vinculados às empreiteiras, que são suspeitos dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e formação de organização criminosa. A acusação será avaliada pelo juiz responsável pelo caso do “petrolão”, Sergio Moro, que decidirá pela abertura de um processo penal ou não.
Segundo o Ministério Público, as imputações têm a ver com contratos assinados pelo ex-director, Paulo Roberto Costa. As empresas sob suspeita terão aceitado participar num esquema de fraudes à licitação e de pagamento de “propinas” a dirigentes da Petrobras: percentagens que variavam entre 1% e 5% do valor dos contratos e que seriam distribuídos por agentes políticos (do Partido dos Trabalhadores e da sua base aliada no Governo e no Congresso), por intermédio de Alberto Yousseff.
O procurador Deltan Dallagnol identificou 154 actos de corrupção e mais de uma centena de episódios de lavagem de dinheiro. Mas a imprensa brasileira diz que mais acusações poderão ser apresentadas nos próximos dias. O Ministério Pública estima que o valor desviado da Petrobras ultrapasse mil milhões de reais (cerca de 310 milhões de euros).
Paulo Roberto Costa, Alberto Yousseff e pelo menos 11 dos suspeitos ligados às construtoras estão presos em Curitiba. O doleiro (alguém que faz transferências de dinheiro para o exterior sem declarar, burlando o fisco) foi internado no hospital esta quinta-feira, por problemas cardíacos – é já a quinta vez desde que foi detido, em Março, que necessita de assistência médica.
O centro médico emitiu um comunicado em que afirma que “o paciente, no momento, apresenta bom estado geral, consciente, internado para a realização de exames cardiológicos complementares de controlo”.