Contabilista do GES disponibiliza-se para depor na comissão de inquérito

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A comissão de inquérito queria ouvir José Guilherme sobre prenda a Ricardo Salgado (na foto) Daniel Rocha

Tal como o PÚBLICO revelou no passado dia 7 de Novembro, depois de meses de ausência do país, o commissaire aux comptes do GES , como o classifica Ricardo Salgado, tem vindo regularmente a Portugal, tendo sido já ouvido pelas autoridades. Nomeadamente, pelo Ministério Público.  

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Tal como o PÚBLICO revelou no passado dia 7 de Novembro, depois de meses de ausência do país, o commissaire aux comptes do GES , como o classifica Ricardo Salgado, tem vindo regularmente a Portugal, tendo sido já ouvido pelas autoridades. Nomeadamente, pelo Ministério Público.  

Fernando Negrão (que ainda não agendou a audiência) foi contactado por Machado da Cruz depois de, na véspera, também no quadro do mesmo inquérito parlamentar, Ricardo Salgado ter garantido não ter tido responsabilidades na ocultação de parte do passivo da ESI (1300 milhões), nem nunca ter dado indicações ao seu colaborador para o fazer.

A manipulação das contas da ESI foi "uma surpresa para todos nós", acrescentou Ricardo Salgado, que afirmou nunca ter dado "indicações" a Machado da Cruz "para escondê-lo [passivo da ESI]. Mas a situação estava descontrolada." Declarações contrariadas, pouco depois, por José Maria Ricciardi, que esteve também na terça-feira em São Bento a  dar a sua versão dos factos: "As reuniões que existiam ao nível da administração da ESI, envolvendo o Dr. Machado da Cruz e o Dr. José Castella [o secretário do Conselho Superior do GES], eram exclusivas com o Dr. Ricardo Salgado".

Para o ainda presidente do BESI, "toda a gente sabe que o BES tinha uma liderança absolutamente centralizadora, indiscutível, em que não havia qualquer decisão que não passasse pela mesma pessoa: Ricardo Salgado".