Sem rivais à vista, Merkel volta a ser escolhida para liderar a CDU
Esta percentagem ficou um pouco abaixo dos 97,94% dos votos, que recolheu em 2012, o seu melhor resultado. Merkel era a única candidata a esta votação, que decorreu durante o congresso federal da CDU em Colónia.
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Esta percentagem ficou um pouco abaixo dos 97,94% dos votos, que recolheu em 2012, o seu melhor resultado. Merkel era a única candidata a esta votação, que decorreu durante o congresso federal da CDU em Colónia.
Chanceler da Alemanha há nove anos, Merkel preside à CDU há 14 anos, quando pôs fim à era de Helmut Kohl. Em 2000, tornou-se na primeira mulher a chegar à liderança de um grande partido político na Alemanha.
Frente aos delegados do seu partido, Angela Merkel foi longamente ovacionada no final de um discurso de uma hora em que se apresentou como o garante da estabilidade da Europa.
Ao seu partido, Merkel sublinhou a necessidade de a Europa respeitar as regras de disciplina orçamental fixadas para sair da crise. "Se nós não respeitarmos aquilo que decidimos durante a crise, iremos semear a dúvida, e isso será mau para a Europa. É por isso que nós, alemães, zelamos pelo respeito das regras", disse a chanceler.
"Estou profundamente convencida de que a Europa tem todas as hipóteses" de voltar a ser um continente dinâmico, mas, para que isso aconteça, "é preciso que nós inspiremos confiança e isso significa que devemos respeitar as regras que estabelecemos para nós próprios". O recado foi direitinho para os governos de Paris e de Roma, criticados por Merkel por não estarem a fazer reformas suficientes.
"O facto de falarmos constantemente do Pacto de Estabilidade e Crescimento, e de martelarmos que este precisa de ser respeitado, não se trata de um rigorismo alemão, mas sim de uma questão de confiança", continuou Merkel. E, para crescer, a Europa precisa de restabelecer os níveis de confiança essenciais para ultrapassar a longo prazo a crise da dívida europeia.