Cunhado do rei de Espanha vai ser acusado de oito crimes que lhe podem dar 15 anos de prisão
A mulher, a infanta Cristina, não será acusada mas terá que devolver meio milhão de euros.
O juiz Pedro Horrach vai atribuir ao duque de Palma de Maiorca os delitos de prevericação, uso indevido de dinheiro público, fraude à Administração Pública, branqueamento de capitais, falsificação de documentos públicos, falsificação de documentos mercantis e dois delitos fiscais.
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O juiz Pedro Horrach vai atribuir ao duque de Palma de Maiorca os delitos de prevericação, uso indevido de dinheiro público, fraude à Administração Pública, branqueamento de capitais, falsificação de documentos públicos, falsificação de documentos mercantis e dois delitos fiscais.
A informação foi avançadanesta segunda-feira pelos jornais espanhóis El Mundo e El País, que referem que a mulher de Urdangarín, a infanta Cristina, não será acusada de qualquer crime.
Os crimes cometidos pelo cunhado de Felipe II prendem-se com o Instituto Nóos, uma organização sem fins lucrativos dedicada à promoção do desporto a que presidiu e que usou para enriquecer. Urdangarín e um sócio, Diego Torres, realizaram contratos com entidades públicas, inflaccionando os preços dos serviços que depois contratavam ou falsificando facturas para serviços que nunca existiram.
Diego Torres, dizem os jornais espanhóis, será acusado de menos um crime. Mas ao contrário de Cristina — que era sócia do marido numa empresa familiar para a qual foram canalizadas verbas da Nóos, sendo que beneficiou das fraudes mas afirmou sempre que desconhecia a proveniência do dinheiro — a sua mulher será acusada. Ana María Tejeiro vai ser acusada de branqueamento de capitais.
A Justiça espanhola vai, contudo, exigir a Cristina, tal como a Ana María Tejedo, a devolução dos fundos públicos que usaram para gastos pessoais. No caso da infanta, a verba ronda meio milhão de euros.
Na semana passada, o El Mundo avançava que o juiz Horrach tentou chegar a um acordo com Urdangarín que tinha como objectivo baixar consideravelmente a pena máxima a que pode ser condenado. O juiz ofereceu seis anos de prisão ao cunhado do rei e a obrigatoriedade de devolver seis milhões de euros que recebeu ilegalmente.
Urdangarín e Cristina vivem actualmente em Genebra, na Suíça, onde ela trabalha.