O polvo unido contra os pinguins
Os pinguins da série Madagáscar chegam ao seu próprio filme e fazem esquecer o que veio antes.
Os quatro pinguins armados ao pingarelho que faziam os heróis das três animações Madagáscar passar as passinhas do Algarve chegam finalmente ao seu próprio filme (depois de já terem dado origem a uma série de televisão). Ainda e sempre seguindo a estética clássica das animações da Dreamworks do gague de acção rápida, Os Pinguins de Madagáscar acaba por ser o melhor e mais interessante da série, principalmente porque as ilusões de grandeza dos pinguins são perfeitas para uma história de espionagem de terceira categoria cujo absurdo invoca aqui e ali os bons tempos dos cartoons da Warner. (Sim, não estão ao nível, mas já não é mau que procurem aproximar-se.)
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Os quatro pinguins armados ao pingarelho que faziam os heróis das três animações Madagáscar passar as passinhas do Algarve chegam finalmente ao seu próprio filme (depois de já terem dado origem a uma série de televisão). Ainda e sempre seguindo a estética clássica das animações da Dreamworks do gague de acção rápida, Os Pinguins de Madagáscar acaba por ser o melhor e mais interessante da série, principalmente porque as ilusões de grandeza dos pinguins são perfeitas para uma história de espionagem de terceira categoria cujo absurdo invoca aqui e ali os bons tempos dos cartoons da Warner. (Sim, não estão ao nível, mas já não é mau que procurem aproximar-se.)
Não é fita que fique na memória para lá da sua hora e meia, mas enquanto dura é francamente divertida, e melhor que a maioria das coisas que passam hoje por comédia (em Hollywood e não só), com direito a alguns gagues de antologia – a maioria ligados ao desvairado vilão da peça, um polvo obsessivo chamado Dave, com a voz de John Malkovich em roda livre na versão original quase a roubar o filme. Infelizmente, em Portugal só vamos ver a versão dobrada, perdendo muito do subtexto pop-cultural e um dos mais deliciosos gagues do filme, que envolve a Marcha dos Pinguins e Werner Herzog.