Nick Cave e os mecanismos da criação
Um retrato de Nick Cave todo ele na fronteira entre vida e obra.
O próprio modo como o fazem, trabalhando a fronteira liminal entre ficção e documentário, espelha a própria dimensão fugidia da intersecção entre vida e obra, criação e inspiração, verdade e fachada. Fá-lo através de um retrato do artista enquanto ser humano – ou será do ser humano enquanto artista? - que se alimenta de corpo inteiro da tensão entre a imagem que se busca e o motor que a embala e constrói. Forsyth e Pollard desenham esse retrato com uma elegância e um requinte que não se explica apenas pela ligação de longa data com o músico, nem pela propensão naturalmente literária da escrita de Cave, mas sobretudo pela capacidade de tornar visíveis, e compreensíveis, os mecanismos da criação. Uma das maiores e melhores surpresas do ano.
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O próprio modo como o fazem, trabalhando a fronteira liminal entre ficção e documentário, espelha a própria dimensão fugidia da intersecção entre vida e obra, criação e inspiração, verdade e fachada. Fá-lo através de um retrato do artista enquanto ser humano – ou será do ser humano enquanto artista? - que se alimenta de corpo inteiro da tensão entre a imagem que se busca e o motor que a embala e constrói. Forsyth e Pollard desenham esse retrato com uma elegância e um requinte que não se explica apenas pela ligação de longa data com o músico, nem pela propensão naturalmente literária da escrita de Cave, mas sobretudo pela capacidade de tornar visíveis, e compreensíveis, os mecanismos da criação. Uma das maiores e melhores surpresas do ano.