Ex-deputada venezuelana investigada por conspirar para matar Presidente
Corina Machado foi já apelidada de "assasssina" por Nicolás Maduro.
Corina Machado foi uma das líderes das grandes manifestações contra Maduro no início do ano. Agora, qualifica as acusações que lhe são feitas como “uma farsa” para a tentar calar e também para distrair os venezuelanos da crescente crise económica. “Se acreditam que com ameaças e chantagens nos calarão, enganam-se”, disse, citada pelo jornal espanhol El País.
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Corina Machado foi uma das líderes das grandes manifestações contra Maduro no início do ano. Agora, qualifica as acusações que lhe são feitas como “uma farsa” para a tentar calar e também para distrair os venezuelanos da crescente crise económica. “Se acreditam que com ameaças e chantagens nos calarão, enganam-se”, disse, citada pelo jornal espanhol El País.
O alegado plano para assassinar o Presidente Maduro foi revelado em finais de Maio pelo dirigente do Partido Socialista Unido da Venezuela (no poder) e presidente da câmara de Caracas, Jorge Rodríguez, que mostrou várias mensagens de correio electrónico atribuídas a Corina Machado, dirigidas a diferentes líderes da oposição na Venezuela. Nelas, Machado dizia que tinha chegado a hora de juntar esforços para obter “o financiamento para aniquilar Maduro”.
A ex-deputada reconheceu que estes emails saíram das suas contas, mas que não usavam estas endereços, e que não pretendia fazer um golpe de Estado nem matar ninguém, apenas pretendia afastar Maduro. Mas Maduro, num discurso oficial, classificou Machado como “assassina” – e agora tudo indica que deverá ser mesmo acusada.
Se for considerada culpada, a ex-deputada – destituída em Março do seu mandato – pode enfrentar uma pena entre oito e 16 anos de prisão, diz a Reuters.
Leopoldo Lopez, outro líder da oposição, e que se destacou na organização dos protestos de rua, está preso desde Fevereiro.