Já há finalistas para o Deutsche Börse Photography Prize 2015
Lista de candidatos inclui dois sul-africanos, uma holandesa e um russo.
Resultado da importância dos fotolivros na cena fotográfica contemporânea, há dois artistas nomeados pela publicação de novas obras: Zanele Muholi, pela publicação de Faces and Phases 2006 – 2014 (Steidl, 2014), retratos da comunidade LBGT sul-africana acompanhados por relatos de violência e discriminação, e Mikhael Subotzky, pelo monumental Ponte City (Steidl, 2014), trabalho hercúleo captado ao longo de seis anos e depois vertido em livro com a colaboração do editor da revista Colors, Patrick Waterhouse. O ensaio Ponte City centra-se no quotidiano de decrepitude daquela que foi uma torre de habitação de elite em Joanesburgo (o edifício residencial mais alto do país) e que hoje está votada ao quase abandono. São mais dois trabalhos que lidam com o difícil legado post-apartheid, um universo que tem ocupado muitos fotógrafos sul-africanos, como Pieter Hugo.
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Resultado da importância dos fotolivros na cena fotográfica contemporânea, há dois artistas nomeados pela publicação de novas obras: Zanele Muholi, pela publicação de Faces and Phases 2006 – 2014 (Steidl, 2014), retratos da comunidade LBGT sul-africana acompanhados por relatos de violência e discriminação, e Mikhael Subotzky, pelo monumental Ponte City (Steidl, 2014), trabalho hercúleo captado ao longo de seis anos e depois vertido em livro com a colaboração do editor da revista Colors, Patrick Waterhouse. O ensaio Ponte City centra-se no quotidiano de decrepitude daquela que foi uma torre de habitação de elite em Joanesburgo (o edifício residencial mais alto do país) e que hoje está votada ao quase abandono. São mais dois trabalhos que lidam com o difícil legado post-apartheid, um universo que tem ocupado muitos fotógrafos sul-africanos, como Pieter Hugo.
Viviane Sassen, uma das mais inventivas e respeitadas fotógrafas de moda da actualidade, é também criadora de ambiciosos e exuberantes fotolivros, mas foi nomeada pela exposição Umbra, patente no Nederlands Fotomuseum. A obra de Sassen pode ser vista actualmente na Photographers’ Gallery na exposição Analema: fashion photography 1992 – 2012, retrospectiva dos últimos 20 anos de trabalho.
O antigo mecânico e fotógrafo amador Nikolai Bakharev foi nomeado por uma exposição na 55.ª Bienal de Arte de Veneza que mostrava banhistas em praias e zonas de veraneio russas. As imagens, com um pendor ambíguo entre o erotismo e os limites dos costumes, entre o que é ou não permitido mostrar, foram captadas nos anos 80, quando na extinta União Soviética as imagens de nus ou corpos com pouca roupa eram proibidas e o quotidiano era um tema desprezado e pouco documentado.
Os trabalhos dos finalistas serão mostrados na Photographers’ Gallery entre 17 de Abril e 7 de Junho de 2015. O vencedor, que ganhará um prémio monetário de 38 mil euros, será anunciado no dia 28 de Maio. O júri que escolherá o vencedor é composto por Chris Boot (Aperture Foundation), Rineke Dijkstra (fotógrafa), Peter Gorschlüter (MMK Museum für Moderne Kunst), e Anne Marie Beckmann (curadora, Art Collection Deutsche Börse).
O Deutsche Börse Photography Prize (antes designado Citigroup Photography Prize) foi lançado em 1996 pela Photographers’ Gallery. Desde 2005 que conta com a parceria do Deutsche Börse Group. O seu principal objectivo é reconhecer e recompensar o trabalho de um fotógrafo vivo, de qualquer nacionalidade, que tenha contribuído de forma significativa para a fotografia na Europa nos doze meses do ano anterior. É um dos mais prestigiados do mundo e já atribuiu prémios a nomes cimeiros da fotografia contemporânea como Paul Graham, Jüergen Teller, John Stezaker, Boris Mikhailov, Robert Adams ou Andreas Gursky.