Já têm a carrinha (azul), agora falta angariar dinheiro para a transformar. Em quê? Numa oficina móvel itinerante de técnicas de impressão. “Chapa Azul” é o nome do projecto de Ana Torrie, promotora da campanha de “crowdfunding” que decorre até 29 de Dezembro.

Já têm a carrinha (azul), agora falta angariar dinheiro para a transformar. Em quê? Numa oficina móvel itinerante de técnicas de impressão. “Chapa Azul” é o nome do projecto de Ana Torrie, promotora da campanha de “crowdfunding” que decorre até 29 de Dezembro.

A ideia vem no seguimento do “atelier” Guilhotina fundado por Ana em 2014, onde são trabalhadas técnicas tradicionais de gravura e onde há “workshops”, residências e exposições. O objectivo agora é transportar tudo isto para a rua e dar a conhecer, de Norte a Sul, várias técnicas de impressão.

“Percebemos que ganhávamos muito mais se partilhássemos e andássemos a mostrar [estas técnicas]. E mesmo a convidar outras pessoas para trabalhar connosco”, contou Ana ao P3. A escultora e mestranda em Técnicas de Impressão admite que é também “uma forma de aliar” os seus “dois maiores gostos: viajem e gravura”.

Convidou, por isso, dois artistas com quem já trabalhava no seu “atelier”. Juntos criaram a Chapa Azul. Ana ambiciona avançar com a ideia já em Março de 2015 e, se correr bem, fazer disto um emprego.

O que é a Chapa Azul?

“A ideia é transformar uma carrinha num atelier móvel de técnicas de impressão, um atelier itinerante que vá viajar para onde qualquer pessoa o quiser receber, desde escolas, instituições, festivais até particulares”, explica a jovem de 31 anos.

Calcografia e encadernação, serigrafia, monotipia, linogravura, cianotipia e litografia em poliéster são algumas das técnicas de impressão disponíveis na Chapa Azul. Ana pretende torná-las acessíveis a um grande número de pessoas, pois considera que não são muito conhecidas. O objectivo é, por isso, dar a conhecê-las, mas também ensinar, “envolvendo as pessoas e a comunidade nesse processo”. Na carrinha há então espaço para “workshops” e oficinas onde as pessoas podem participar, mas também para a promoção de artistas que trabalhem nesta área. A ideia é que o projecto cresça e, à medida que vão viajando, atraia novos artistas pelos sítios por onde vão passando.

“Crowdfunding” para equipar a Chapa Azul

Para conseguir transformar a carrinha, Ana criou uma campanha de “crowdfunding” que decorre até 29 de Dezembro. A meta é chegar aos três mil euros e, até ao momento, consegui cerca de 1500 euros.

Primeiro há que fazer as reparações necessárias na carrinha e depois tratar da sua transformação. O dinheiro angariado na campanha será então utilizado, em grande parte, para afinações mecânicas e para a aquisição de materiais e equipamentos específicos de impressão. Como explica a jovem portuense, os materiais de que dispõem são próprios de atelier e é necessário outro tipo de equipamento dado o carácter móvel desta oficina, como por exemplo uma prensa portátil e móveis adaptados.