Praça de touros de Viana vai ser transformada em pavilhão desportivo
Câmara quer dar resposta à falta de condições da Escola Desportiva de Viana. Projecto será financiado com fundos comunitários.
Segundo o presidente da Câmara de Viana do Castelo, o socialista José Maria Costa, o objectivo da autarquia passa por transformar a antiga arena num espaço polivalente para a prática de várias modalidades, em simultâneo, como ginástica, esgrima, patinagem artística e hóquei em patins e basquetebol.
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Segundo o presidente da Câmara de Viana do Castelo, o socialista José Maria Costa, o objectivo da autarquia passa por transformar a antiga arena num espaço polivalente para a prática de várias modalidades, em simultâneo, como ginástica, esgrima, patinagem artística e hóquei em patins e basquetebol.
A praça foi construída em 1948 e teve uma intensa actividade inicial mas, nos últimos anos, ficou reduzida a apenas um espectáculo anual, por altura da Romaria da Senhora d'Agonia, o que aconteceu pela última vez em Agosto de 2008. Está encerrada desde 2009, quando Viana do Castelo se declarou cidade anti-touradas.
Chegaram a ser avançadas várias hipóteses para aquele imóvel, como um Centro de Ciência Viva, um Centro de Mar - entretanto instalado a bordo do antigo navio hospital Gil Eanes - e um espaço de restauração e actividades náuticas. Até hoje não foi dada qualquer utilização pública ao equipamento.
Agora, a "vontade clara" da autarquia de dar resposta à "falta de condições físicas com que se debate a Escola Desportiva de Viana (EDV)" está na origem da ideia de transformar o espaço num pavilhão desportivo.
"Conversámos com os dirigentes da EDV e estudámos várias alternativas. Pareceu-nos que a antiga praça de touros é um espaço interessante para estas funções", sustentou José Maria Costa.
Questionado pela Lusa, o autarca afirmou ser prematuro falar do montante do investimento, adiantando apenas que será um projecto a candidatar ao novo Quadro Comunitário de Apoio (QCA). Primeiro, sublinhou, "é preciso avaliar as condições estruturais" do imóvel situado junto ao rio Lima.
Em Novembro, a câmara encomendou ao Instituto da Construção da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto um estudo para determinar se o edifício, com 66 anos, está em condições de ser recuperado ou se terá de ser demolido para acolher as novas funções.
"Se esse estudo disser que a estrutura aguenta uma remodelação avançaremos para os estudos prévios e para os projectos de execução. Se, pelo contrário, não garantir condições de estabilidade para uma refuncionalização, a solução passará pela demolição e pela construção de um novo equipamento naquele local", acrescentou.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da EDV, Rui Jorge Silva, manifestou "satisfação", sublinhando que, "pela primeira vez em 39 anos de existência, o clube começa a ver alguma luz ao fundo do túnel", no que diz respeito a instalações próprias.
Actualmente, acrescentou Rui Jorge Silva, o clube, com 1300 atletas, "cresceu até ao limite", pelo que defendeu a necessidade do espaço da antiga arena da praça de touros, com uma área de 3800 metros quadrados e cerca de 65 metros de diâmetro, "ser rentabilizada, permitindo a prática de várias modalidades em simultâneo".
Para o exterior do edifício, situado no parque da cidade, é proposta a criação de estruturas que permitam a prática desportiva ao ar livre.