Mais de um milhão de infecções por VIH foram evitadas em crianças desde 2005
"Se conseguimos evitar 1,1 milhões de novas infecções por VIH em crianças, podemos proteger todas as crianças do VIH - mas apenas se conseguirmos chegar a todas as crianças", disse Anthony Lake, director executivo da UNICEF.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a diminuição do número de casos foi conseguida através do acesso de milhões de mulheres grávidas com o VIH a serviços de prevenção da transmissão de mãe para filho.
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De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a diminuição do número de casos foi conseguida através do acesso de milhões de mulheres grávidas com o VIH a serviços de prevenção da transmissão de mãe para filho.
Os serviços permitem o tratamento do VIH durante toda a vida, o que reduz "significativamente" a transmissão do vírus aos bebés e mantém as mães vivas e em boas condições.
"Se conseguimos evitar 1,1 milhões de novas infecções por VIH em crianças, podemos proteger todas as crianças do VIH - mas apenas se conseguirmos chegar a todas as crianças", disse Anthony Lake, director executivo da UNICEF, em comunicado.
"Temos de acabar com as desigualdades e fazer ainda mais para chegar a todas as mães, recém-nascidos, crianças, adolescentes através de programas de prevenção e tratamento de VIH que podem salvar e melhorar as suas vidas", acrescentou o mesmo responsável.
A UNICEF destaca que os "declínios mais acentuados" ocorreram entre 2009 e 2013 em oito países africanos: Malawi (67%); Etiópia (57%); Zimbabwe (57%); Botswana (57%); Namíbia (57%); Moçambique (57%); África do Sul (52%) e Gana (50%).
Segundo o mesmo documento, o objectivo global para a redução de novas infecções por VIH em 90% entre 2009 e 2015 continua ainda "fora do alcance".
Apenas 67% das mulheres grávidas que vivem com VIH em todos os países de baixo e médio rendimento receberam os medicamentos antirretrovirais mais eficazes de prevenção da transmissão de mãe para filho em 2013.
Para a UNICEF, as disparidades no acesso ao tratamento são um entrave ao progresso.
De acordo com a UNICEF, entre as pessoas que vivem com VIH em países de baixo e médio rendimento, os adultos têm muito maior probabilidade de aceder a terapia antirretroviral do que as crianças.
Em 2013, 37% dos adultos maiores de 15 anos receberam tratamento, percentagem que nas crianças (entre os 0 e os 14 anos), foi de apenas 23%, ou seja, menos de um em cada quatro.
As tendências de mortalidade devida à sida nos adolescentes também são motivo de preocupação, acrescenta a organização.
"Enquanto em todos os outros grupos etários se verificou um declínio de quase 40% das mortes relacionadas com a sida entre 2005 e 2013, os adolescentes (10-19 anos) são o único grupo no qual as mortes relacionadas com a sida não estão a baixar", conclui o mesmo documento.