O reencontro com a Força: o primeiro trailer do novo Guerra das Estrelas

Já são conhecidos os primeiros 88 segundos do episódio VII de uma das mais populares sagas do cinema - Millenium Falcon, stormtroopers e um sabre de luz vermelho em forma de cruz.

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Em plena Black Friday, a sexta-feira que se sucede ao Dia de Acção de Graças nos EUA e que é marcada por grandes afluências aos cinemas – e por sessões de compras que motivam promoções e corridas às lojas -, o realizador J.J. Abrams (Super 8, Star Trek) escolheu distribuir via YouTube e iTunes, mas também em salas de cinema seleccionadas nos EUA e no Canadá, as primeiras imagens de Star Wars: The Force Awakens, o sétimo filme da saga criada por George Lucas. O primeiro teaser trailer do novo filme, que esteve em rodagem entre Maio e Novembro e se encontra em fase de pós-produção, já estava a somar centenas de visualizações na Internet minutos depois de ter sido divulgado pouco depois das 15h desta sexta-feira. 

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Em plena Black Friday, a sexta-feira que se sucede ao Dia de Acção de Graças nos EUA e que é marcada por grandes afluências aos cinemas – e por sessões de compras que motivam promoções e corridas às lojas -, o realizador J.J. Abrams (Super 8, Star Trek) escolheu distribuir via YouTube e iTunes, mas também em salas de cinema seleccionadas nos EUA e no Canadá, as primeiras imagens de Star Wars: The Force Awakens, o sétimo filme da saga criada por George Lucas. O primeiro teaser trailer do novo filme, que esteve em rodagem entre Maio e Novembro e se encontra em fase de pós-produção, já estava a somar centenas de visualizações na Internet minutos depois de ter sido divulgado pouco depois das 15h desta sexta-feira. 

“Houve um despertar. Sentiram-no?”, pergunta uma voz para depois de sucederem frames e micro-sequências de acção que vão tocar as teclas que os fãs da série lançada em 1977 reconhecem - e que têm sido os mais veementes pedidos nesta primeira operação de lançamento de um filme da valiosa ópera espacial na era das redes sociais. Entre a trilogia original e a trilogia de prequelas à qual George Lucas voltou entre 1999 e 2005 existe um fio condutor mas também diferenças, nomeadamente tecnológicas. O peso dos efeitos especiais e do CGI foi bastante criticado nos três filmes mais recentes e agora J.J. Abrams, que está na proa desta caminhada promocional até à estreia de 18 de Dezembro de 2015, mostra imagens que parecem recuperar as matrizes mais realistas do filme original, o Episódio IV. Segundo disse o presidente da Disney, Bob Iger,Star Wars: The Force Awakens passa-se 30 anos depois de Regresso de Jedi, o terceiro filme da trilogia original.

O novo teaser trailer não revela quaisquer elementos da intriga nem mostra os veteranos da galáxia muito, muito distante que também estão envolvidos no projecto - Harrison Ford (Han Solo), Carrie Fisher (Leia Organa), Mark Hamill (Luke Skywalker), Anthony Daniels (C-3PO), Peter Mayhew (Chewbacca) e Kenny Baker (R2-D2) - mas sim os rostos de dois novos actores que vão rejuvenescer a continuação da série, John Boyega e Daisy Ridley. Contudo, devolve-nos um velho passageiro da Guerra das Estrelas, o compositor John Williams e a sua nova banda-sonora para o sétimo filme.

Há ainda dróides redondos como bolas de futebol, a indispensável figura que se move nas sombras vestida de negro, speeder bikes e a suspeita de que algo de mau fermenta. Não existem, no entanto, muitos elementos de novidade para as gerações que não cresceram ou não acompanharam o fenómeno na sua estreia e nas décadas seguintes - os millennials que tanto obcecam os marketeers e os analistas norte-americanos e que fizeram com que a Variety postulasse esta semana que "os novos filmes Guerra das Estrelas precisam de despertar o poder dos millennials". Aqueles que nasceram entre a década de 1980 e o ano 2000, mais coisa menos coisa, e que ou já são nativos da Internet ou não dissociam as ferramentas online e das redes sociais dos seus consumos. E que, até 2016, serão a geração com maior poder de compra.

Para os peritos ouvidos pela Variety, a saga será "inevitavelmente um êxito de bilheteira para a Disney", o estúdio que em 2012 comprou a Lucasfilm, a produtora de George Lucas e os direitos das sagas Guerra das Estrelas e Indiana Jones, entre outros títulos. Mas para continuar a ser o gerador de milhões que se afirmou nos últimos 37 anos, precisa "de falar para uma geração de 20 anos que cresceu com Jogos da Fome, Avatar e Harry Potter", séries "que podem parecer mais digitais" do que as aventuras da família Skywalker. Ainda assim, a forma como a Guerra das Estrelas está a comunicar-se tenta estabelecer pontes - tanto há tweets e lançamentos no iTunes quanto há fotografias a preto e branco com todo o elenco, novo e clássico, reunido e trailers a estrear-se nas salas de cinema.