Sinais de esperança

O maior exemplo da alma lusitana da selecção nacional ainda é o “nosso” capitão Vasco Uva

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João Peleteiro

Tinha pensado escrever este texto antes do jogo com a Namíbia, correndo agora o risco de parecer influenciado pelo resultado e pela excelente vitória sobre uma selecção que, apesar de desfalcada, se encontra em pré-Mundial com tudo o que isso implica em termos de preparação. A verdade é que depois de alguma desconfiança sobre o grupo que tem trabalhado no Estádio Nacional todas as quartas-feiras, demos uma enorme resposta dentro de campo.

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Tinha pensado escrever este texto antes do jogo com a Namíbia, correndo agora o risco de parecer influenciado pelo resultado e pela excelente vitória sobre uma selecção que, apesar de desfalcada, se encontra em pré-Mundial com tudo o que isso implica em termos de preparação. A verdade é que depois de alguma desconfiança sobre o grupo que tem trabalhado no Estádio Nacional todas as quartas-feiras, demos uma enorme resposta dentro de campo.

A equipa acreditou nos processos e sistema de jogo, esteve atenta aos pormenores técnicos, jogou com alegria e sem nada a perder aliou uma confiança que não víamos há muito tempo com uma enorme garra.

Obviamente que não podemos embandeirar em arco sendo este apenas um sinal de esperança numa equipa muito jovem com muitos jogadores que fizeram trajectos interessantes nas selecções mais novas.

Crucial será perceber-se que este é o caminho certo e os jogadores acreditarem que neste novo ciclo se podem conquistar coisas muito boas para o râguebi português sendo imperativo trabalhar já.

Tendo o privilégio de ter feito esta preparação e de ter estado em campo, devo registar que o maior exemplo desta alma lusitana ainda é o “nosso” capitão Vasco Uva, que transportou mais uma vez em campo toda a “nossa” esperança.

Desde os meus primeiros treinos na selecção em que ainda apanhei os míticos “Balula”, “Xixa”, Rui Cordeiro, “Lois”, Miguel Portela, passando depois aos mundialistas mais novos como o Zé Pinto, “Pipoca”, Cardoso Pinto, “Pipas”, Gonçalo Uva e muitos outros, o Vasco sempre foi o elemento que mais me marcou por manter altos índices competitivos.

É um jogador que aplica em cada entrada e em cada placagem toda a intensidade superando-se sempre sendo fundamental na integração desta nova geração de jogadores dos quais gostaria de destacar Rafael Simões, José Lima e Pedro Bettencourt que certamente serão os maiores expoentes para esta selecção nos próximos tempos.

Ao Vasco um obrigado por mais uma vez ter sido um exemplo para todos nós!