Metro a metro, polícia vai desmantelando os acampamentos pró-democracia de Hong Kong
Esta terça-feira foi a vez de um sector do acampamento de Mongkok. Dezenas de pessoas foram detidas.
Os detidos foram presos por acusação de ajuntamento ilegal e violação de uma decisão da Justiça que exigia o desmantelamento das barricadas montadas pelos manifestantes nas ruas, explicou à AFP um porta-voz da polícia. Entre os detidos encontrava-se o deputado Leung Kwok-hung e um adolescente de 14 anos.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os detidos foram presos por acusação de ajuntamento ilegal e violação de uma decisão da Justiça que exigia o desmantelamento das barricadas montadas pelos manifestantes nas ruas, explicou à AFP um porta-voz da polícia. Entre os detidos encontrava-se o deputado Leung Kwok-hung e um adolescente de 14 anos.
As detenções aconteceram quando a polícia avançou numa nova operação de desmantelamento das barricadas dos manifestantes (nas últimas semanas, várias foram destruídas) que tentaram permanecer no local. Seguiram–se confrontos entre polícia e manifestantes, enquanto avançavam equipas de limpeza para desmontar à força tendas e outras estruturas erguidas no meio da rua.
Mongkok é um dos três acampamentos montados desde 28 de Setembro na antiga colónia britânica que passou para a tutela chinesa, juntamente com o de Admiralty, perto da sede do poder, e o de Causeway Bay, o bairro das lojas de luxo de Hong Kong.
Tal como aconteceu na semana passada em Admiralty, a operação de desmantelamento das barricadas foi lançada depois de a Justiça ter decretado uma ordem de expulsão destinada apenas a um pequeno sector territorial, destinado a desimpedir a circulação no local. Nos próximos dias irá ocorrer a limpeza de uma área mais vasta do acampamento de Mongkok.
No dia 28 de Setembro, quando a campanha pró-democracia entrou em ritmo acelerado, as ruas de Hong Kong encheram-se de milhares de pessoas que exigiam o direito ao sufrágio universal sem que sejam impostos candidatos por Pequim. Depois, nos dias que se seguiram, com tentativas de diálogo com o poder, o número de manifestantes nas ruas foi diminuindo consideravelmente e hoje o movimento parece estar dividido sobre a estratégia a seguir.