Atentado suicida em jogo de voleibol mata 50 pessoas no Afeganistão
A maior parte das vítimas são civis que assistiam a uma final. Atentato não foi reivindicado.
O atentado não foi reivindicado, mas esta segunda-feira, os serviços secretos afegão fizeram saber que os principais suspeitos são os taliban da rede Haqqani, muito activos naquela região que faz fronteira com o Paquistão.
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O atentado não foi reivindicado, mas esta segunda-feira, os serviços secretos afegão fizeram saber que os principais suspeitos são os taliban da rede Haqqani, muito activos naquela região que faz fronteira com o Paquistão.
O bombista, vestido com uma longa túnica chegou de moto ao local onde decorria o jogo de voleibol, um desporto muito popular entre os jovens afegãos, e teve tempo de descer do veiculo antes de se fazer explodir, contou à AFP uma testemunha, Khushal, de 25 anos.
A maior parte das vítimas são civis, mas entre os mortos e feridos há também polícias. A multidão assistia à final de um campeonato de voleibol entre equipas locais.
O último ataque de grande violência contra civis no Afeganistão ocorreu no dia 15 de Julho, quando 89 pessoas morreram num atentado suicida cometido com um carro armadilhado num mercado da mesma província de Paktika.
O atentado deste domingo ocorre no momento em que as tropas da NATO se preparam para deixar o país, transferindo a responsabilidade da segurança para as forças afegãs. À medida que as tropas foram saíndo, o número de atentados aumentou.
Em 2015, apenas uma força estrangeira residual de 12.500 homens permanecerá no país para se dedicar sobretudo à formação das forças afegãs. Mas o contingente americano que fica após a saída da NATO será autorizado, segundo decidiu o Presidente Barack Obama e foi anunciado no sábado, a lançar ataques contra os taliban.
O Presidente afegão Ashraf Ghani, que os taliban criticam por ter autorizado a manutenção de uma força internacional residual no país, visitou alguns dos feridos do atentado que foram transferidos para um hospital de Cabul, aproveitando para condenar o atentado “desumano e contrário ao islão” que não tem “quqluer justificação possível”.