Catarina Martins responde a Pedro Filipe Soares com a “irresponsabilidade” de dividir

O líder parlamentar, que se candidata à coordenação do Bloco, desdramatiza divisões internas.

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O “sucesso de Martins mandou arrepios a todo o establishment da Europa”, refere a revista americano. DR

“Não nos conhecem, nem sabem quem nós somos. Foi na democracia e na pluralidade que nós nos forjámos”, disse o dirigente que concorre à liderança e, que no final da sua intervenção, foi aplaudido de pé por muitos dos delegados presentes esta tarde no Pavilhão do Casal Vistoso.

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“Não nos conhecem, nem sabem quem nós somos. Foi na democracia e na pluralidade que nós nos forjámos”, disse o dirigente que concorre à liderança e, que no final da sua intervenção, foi aplaudido de pé por muitos dos delegados presentes esta tarde no Pavilhão do Casal Vistoso.

Pedro Filipe Soares, que apresentava a moção E – que lhe permitiu partir com uma vantagem de seis delegados para esta convenção, face aos líderes João Semedo e Catarina Martins – respondeu com “incompreensão” aos que acreditam que o partido está dividido. Reconhecendo um tempo importante de diálogo à esquerda, o líder da bancada dos oito deputados do Bloco acrescentou que foram feitas “diferentes escolhas” mas determinantes para fazer um caminho diferente.

“Esta é a esquerda que sabe viver em democracia, respeita a opinião de todos, fez um caminho nem sempre fácil de consecução de compromissos, de diferentes escolhas em que todos soubemos que éramos determinantes para fazer a diferença", disse.

Minutos depois, Catarina Martins subiu ao palanque para defender que seria uma “irresponsabilidade” usar erros cometidos por toda a direcção “como arma de arremesso para dividir o BE”. A nota comum foi a de que “a diversidade do Bloco não é defeito, é feitio”, mas exige, neste momento, escolhas políticas.

“Construir muros à nossa volta é definhar”, avisou a coordenadora, que se dirigiu directamente, e várias vezes, à moção assinada à cabeça por Pedro Filipe Soares. Aplaudida durante a sua intervenção, Catarina Martins disse ainda aos delegados que a “a questão essencial desta convenção é escolher quem tem capacidade para unir” e juntar forças ou, pelo contrário, quem opta por “lógicas de exclusão”.