Metade do quiosque "japonês" do Porto já desapareceu

Imóvel classificado como sendo de Interesse Municipal é privado e ardeu em Junho.

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Depois do incêndio de 9 de Junho, o quiosque onde, até essa data, se vendiam jornais e revistas, não voltou a sofrer qualquer intervenção. No dia do incêndio, o proprietário admitiu ao PÚBLICO não ter seguro e estar em vias de vender o imóvel, mas mais de cinco meses depois não há notícia de reabilitação para o quiosque vermelho e branco, construído nos anos 30 do século XX, e de inspiração japonesa.

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Depois do incêndio de 9 de Junho, o quiosque onde, até essa data, se vendiam jornais e revistas, não voltou a sofrer qualquer intervenção. No dia do incêndio, o proprietário admitiu ao PÚBLICO não ter seguro e estar em vias de vender o imóvel, mas mais de cinco meses depois não há notícia de reabilitação para o quiosque vermelho e branco, construído nos anos 30 do século XX, e de inspiração japonesa.

Com o passar dos meses, algumas das placas de madeira que compõem a estrutura foram desaparecendo e o interior enegrecido do quiosque transformou-se em depósito de lixo, recebendo copos e garrafas de quem frequenta a noite portuense.

O estado de degradação do quiosque, um dos mais emblemáticos da cidade, levou à partilha de uma fotografia do espaço no Facebook e à “ameaça” de ocupação por parte de alguns cidadãos do Porto. No mesmo dia, a Câmara do Porto enviou funcionários para entaipar completamente o imóvel.

Dias depois, os tapumes de contraplacado já serviam como suporte para cartazes a anunciar eventos na cidade e alguém pintara a crítica: “O Porto é um Pagode”.

O PÚBLICO tentou, por diversas vezes, perceber junto da Câmara do Porto se existia algum plano da autarquia parar tentar salvar o imóvel. Contudo, apesar de terem sido funcionários da câmara a entaipar o quiosque, o município não prestou qualquer esclarecimento sobre o espaço.