Novos casos de Legionella abrandam e 87 doentes já tiveram alta
Desde sexta-feira só surgiram mais 15 casos. Análises continuam a estabelecer ligação entre torres de arrefecimento e o surto.
Do total de 331 casos identificados desde dia 7 de Novembro, altura em que as autoridades de saúde identificaram o surto, “322 foram internados na Região de Lisboa e Vale do Tejo, três na Região Norte, cinco na Região Centro e um na Região do Algarve”. Quanto às altas, 85 aconteceram na região de Lisboa, uma no norte e outra no Algarve. O número de óbitos confirmados mantém-se em oito.
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Do total de 331 casos identificados desde dia 7 de Novembro, altura em que as autoridades de saúde identificaram o surto, “322 foram internados na Região de Lisboa e Vale do Tejo, três na Região Norte, cinco na Região Centro e um na Região do Algarve”. Quanto às altas, 85 aconteceram na região de Lisboa, uma no norte e outra no Algarve. O número de óbitos confirmados mantém-se em oito.
A nota explica que o Insa continua a desenvolver as análises às amostras ambientais e dos doentes e que “apontam para uma forte associação em relação aos dados provisórios que tinham sido previamente anunciados, nomeadamente no que respeita às amostras de água colhidas em torres de arrefecimento e ao agente bacteriano presente nas secreções brônquicas de doentes”.
A quebra no aparecimento de novos casos acontece quando a normalidade se volta a instalar. A Câmara de Vila Franca de Xira reabriu nesta-segunda feira alguns dos equipamentos que tinha mandado encerrar, por precaução, há mais de uma semana nas freguesias onde foram identificados mais doentes: Vialonga, Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria. Os pavilhões desportivos e as piscinas municipais já estão a funcionar. Contudo, a afluência, como relata a Lusa, ainda é inferior ao habitual.
Nesta terça-feira também as aulas de Educação Física vão voltar a ser dadas nas escolas de Vialonga, depois de já terem recomeçado no Forte da Casa e na Póvoa de Santa Iria. Por agora só não há ainda nenhuma data para as fontes ornamentais e os sistemas de rega por aspersão voltarem a funcionar.
Ao mesmo tempo, nas juntas de freguesia das zonas mais afectadas são cada vez mais as pessoas que procuram ajuda para saber que passos dar para apurar responsabilidades. É o caso de Maria da Conceição Correia e de Valdemar Matos, dois dos doentes ouvidos pelo PÚBLICO. “Alguém tem de ser responsabilizado. Já fui à junta saber das coisas e eles falam em dar apoio judicial, por isso vamos ver”, explica Fernando Correia, marido de Maria da Conceição Correia, que vive no Forte da Casa e que desenvolveu os primeiros sintomas a 31 de Outubro.
Uma data que coincide com o início dos sintomas de Valdemar que, apesar de viver no concelho da Moita, andou a montar andaimes na fábrica ADP Fertilizantes, que tem sido apontada como a possível fonte que originou o surto. “Gostaria de tomar uma iniciativa, mas não tenho dinheiro para um advogado e a culpa morre solteira. Só se houvesse uma associação de pessoas prejudicadas por este problema. Mas se tivesse um advogado que me defendesse ia sozinho para a frente com isto”, garante.