Quem quer participar num inquérito global sobre consumo de drogas?

Pela primeira vez, o PÚBLICO associa-se ao Global Drug Survey, Investigação Global sobre Drogas, destinada a apurar tendências de consumo e estratégias de redução de riscos. Veja como pode participar.

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Apesar da profusão de estatísticas, muita informação fica de fora dos relatórios oficiais. Pegue-se no exemplo da cannabis. Qual é a erva perfeita? O que sente quem a fuma? Quanto gastam? Onde a compram? Como se certificam de que é segura? Quantos têm as suas próprias plantas? 

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Apesar da profusão de estatísticas, muita informação fica de fora dos relatórios oficiais. Pegue-se no exemplo da cannabis. Qual é a erva perfeita? O que sente quem a fuma? Quanto gastam? Onde a compram? Como se certificam de que é segura? Quantos têm as suas próprias plantas? 

Há três anos, Adam Winstock, um psiquiatra especializado em dependências, aliou-se à Mixmag, uma revista de música, e começou a fazer uma investigação online. No ano seguinte, o jornal britânico The Guardian juntou-se à iniciativa. Este ano, participam 25 meios de comunicação social de 19 países.

O PÚBLICO foi um dos jornais desafiados a associar-se este nao. Eis a ligação directa para o questionário, caso o leitor queira participar: http://www.globaldrugsurvey.com/GDS2015/. Basta que tenha 16 anos ou mais e que consuma ou já tenha consumido qualquer tipo de droga, lícita ou ilícita.

Global Drug Survey não é só o título do inquérito, é também o nome da organização que o promove, uma agência independente, sediada em Londres, no Reino Unido, que recebeu o aval da South London e Maudsley NHS Trust, do Institute of Psychiatry Joint Ethics Committee, de Inglaterra, e do The Ethics Committee of the Philosophical Faculty of the University of Zurich.

O inquérito é anónimo e está disponível em 43 países ao longo de cinco semanas. Embora tenha sido concebido por especialistas, tem fragilidades que decorrem do método utilizado. Os inquiridos têm todos, pelo menos, algo em comum: acesso à Internet.

No ano passado, o inquérito trouxe muita informação sobre o aumento do tráfico online.

Em Portugal, não houve grande adesão – apenas 630 pessoas responderam. Mesmo assim, a organização disponibiliza alguns dados sobre o consumo de drogas lícitas e ilícitas no país. Veja: http://www.globaldrugsurvey.com/facts-figures/the-global-drug-survey-2014-findings/Nos doze meses anteriores à realização do inquérito, 92,2% tinham consumido bebidas alcoólicas, 63,8% tabaco, 51,3% cannabis, 37% cafeína ou bebidas energéticas, 15,9% tabaco Shisha, 13,3& MDMA, 10,3% cocaína, 8,7% benzodiazepinas, 8,1% LSD, 4,3% anfetaminas, 4,1% cogumelos mágicos e 3,2% cigarros electrónicos.