O skate voador de “Regresso ao Futuro” está quase pronto para descolar
Empresa californiana passou da ficção à realidade: os primeiros hoverboards deverão ser entregues em Outubro de 2015
O skate sem rodas que Marty McFly (personagem interpretada por Michael J. Fox) utilizou nas cenas de "Regresso ao Futuro II", no final da década de 1980, está pronto para ser comercializado. O filme passava-se em 2015 e parece que a realidade vai confirmar a ficção.
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O skate sem rodas que Marty McFly (personagem interpretada por Michael J. Fox) utilizou nas cenas de "Regresso ao Futuro II", no final da década de 1980, está pronto para ser comercializado. O filme passava-se em 2015 e parece que a realidade vai confirmar a ficção.
Criado pela "startup" Arx Pax, da Califórnia, o Hendo Hoverboard (que mantém a designação utilizada no filme) suporta até 136 quilos e tem bateria suficiente para sete minutos de uso. O aparelho funciona com base em campos magnéticos que, em contacto com superfícies metálicas, geram força para afastar o skate 2,5 centímetros do chão. Uma vez levantado no ar, o Hendo Hoverboard pode deslizar rapidamente em várias direcções.
Para construir este skate, a empresa lançou a 21 de Outubro uma campanha no Kickstarter, um site de "crowdfunding", com o objectivo de angariar 250 mil dólares (cerca de 196 mil euros) até 15 de Dezembro. Mas neste sábado, a um mês da data limite, já conseguiu quase o dobro: 445.399 dólares (357 mil euros), financiados por 2721 pessoas.
Os dez primeiros Hoverboards já estão pré-vendidos e com entrega prevista para Outubro de 2015. Cada um custa dez mil dólares (oito mil euros). Para quem não pode desembolsar tanto dinheiro, há outras opções. Por exemplo, por cem dólares pode andar durante cinco minutos em cima do skate.
Em declarações à AFP, o director-geral da Arx Pax, Greg Henderson, explicou o funcionamento da tecnologia: “Criámos um campo magnético, e em seguida, através de um método de indução, que é a nossa receita secreta, criámos um campo magnético secundário equivalente nas superfícies condutoras”.
Henderson estima que esta tecnologia pode ter várias aplicações, nomeadamente na concepção de edifícios resistentes a terramotos – uma perspectiva interessante na Califórnia, região norte-americana com grande actividade sísmica. Em teoria, utilizando campos magnéticos mais poderosos, seria possível fazer com que um prédio flutuasse ligeiramente acima do solo, minimizando os estragos resultantes do sismo.