Feira de artesanato do Porto transfere-se para o Largo do Amor de Perdição
Artesãos devem agora decidir se aceitam prolongar a feira de artesanato até 6 de Janeiro, uma possibilidade que está em cima da mesa.
“O dossier ficou fechado. Arranjou-se uma praça condigna, para que os artesãos não sejam divididos”, disse Leandro Coutinho ao PÚBLICO no final do encontro. A proposta da nova localização partiu da própria Porto Lazer e foi bem acolhida pelos artesãos. “É um espaço que vai ao encontro do que pretendíamos, porque cabemos lá todos. Saímos satisfeitos”, garantiu o presidente da AARN.
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“O dossier ficou fechado. Arranjou-se uma praça condigna, para que os artesãos não sejam divididos”, disse Leandro Coutinho ao PÚBLICO no final do encontro. A proposta da nova localização partiu da própria Porto Lazer e foi bem acolhida pelos artesãos. “É um espaço que vai ao encontro do que pretendíamos, porque cabemos lá todos. Saímos satisfeitos”, garantiu o presidente da AARN.
Desde 2008 que a Artesanatus tinha morada certa na Praça de D. João I, numa tenda propositadamente criada para o evento e que os artesãos alugam, anualmente, a uma empresa especializada. Este ano, contudo, a autarquia manifestou o interesse em instalar naquele local um ringue de patinagem, obrigando à deslocalização da feira.
Por duas vezes os artesãos foram a sessões da assembleia municipal, na tentativa de fazerem chegar os seus protestos ao presidente da câmara, Rui Moreira, e ao vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva, mas de ambas as vezes os destinatários já não estavam presentes na sala na altura dedicada à intervenção do público.
Além de questionarem a saída forçada da Praça de D. João I, os artesãos não se conformavam com as duas propostas alternativas que lhes tinham sido apresentadas – na Praça da Batalha e na Praça dos Poveiros – porque, garantiam, em nenhum dos casos seria possível instalar os 60 a 80 artesãos que anualmente participam no evento.
Leandro Coutinho diz agora que área da Cordoaria já tinha sido apontada pela associação como um local alternativo a considerar, mas que só esta sexta-feira é que a Porto Lazer avançou com a proposta para essa zona, que permitiu pôr fim ao impasse sobre a realização e localização da feira.
O presidente da AARN diz que irá agora reunir-se com os associados para fechar alguns pontos ainda em aberto. É preciso saber quantos artesãos irão participar no evento (embora ele estime que pelo menos 60 estejam já garantidos) e durante quanto tempo é que a feira se manterá aberta. É que a data de inauguração, a 29 de Novembro, já está marcada, mas existe a possibilidade de a Artesanatus se manter até 6 de Janeiro, dia de Reis, em vez de terminar antes do Natal. “É uma questão que temos de decidir agora em conjunto”, diz o responsável pela AARN.
Depois da primeira intervenção dos artesãos na assembleia municipal, o processo foi levado também à reunião do executivo pelo vereador da CDU, Pedro Carvalho, na semana passada. Na altura, Rui Moreira e Paulo Cunha e Silva mostraram-se firmes na deslocalização da feira da Praça de D. João I, defendendo que era necessário “espalhar estes eventos-âncora pela cidade”. O presidente da câmara garantiu, na altura, que a feira ficaria na Praça de D. João I, se não houvesse espaços alternativos, mas pediu confiança aos vereadores na capacidade do município “encontrar espaços alternativos”.
O programa de Natal e de Ano Novo da cidade para este ano prevê também a instalação de um Mercado de Natal na Avenida dos Aliados. O evento, associado à Essência do Gourmet vai ficar na avenida entre 5 e 14 de Dezembro, entre o meio-dia e as 23h, mas a entrada é paga. Até às 17h é preciso desembolsar um euro para aceder ao mercado e a partir desta hora só pagando cinco euros é que é possível entrar.
Lá dentro estarão 70 expositores com produtos dedicados à gastronomia, para degustação ou venda, além de seis restaurantes.