Irmandade quer organizar concertos diários de órgão de tubos na igreja dos Clérigos
A Irmandade dos Clérigos está a preparar, com a empresa municipal Porto Lazer, um programa de animação para o fim-de-semana de 12,13 e 14 de Dezembro, altura em que a igreja anexa à mais famosa torre do Porto reabrirá, reabilitada e com várias salas a funcionarem como área de exposições. Na última visita mensal às obras, que decorrem sem atrasos, o padre Américo Aguiar assumiu esta quarta-feira a vontade de passar a ter concertos diários de órgão de tubos, ao meio dia, no monumento mais visitado da cidade.
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A Irmandade dos Clérigos está a preparar, com a empresa municipal Porto Lazer, um programa de animação para o fim-de-semana de 12,13 e 14 de Dezembro, altura em que a igreja anexa à mais famosa torre do Porto reabrirá, reabilitada e com várias salas a funcionarem como área de exposições. Na última visita mensal às obras, que decorrem sem atrasos, o padre Américo Aguiar assumiu esta quarta-feira a vontade de passar a ter concertos diários de órgão de tubos, ao meio dia, no monumento mais visitado da cidade.
Doze é o número mágico das obras dos Clérigos. E a 12 de Dezembro, a igreja reabrirá completamente reabilitada e com novas valências. A vontade de executar o projecto de uma assentada, misturando obra de construção civil com restauro de mobiliário e de talha, entre outras intervenções, correu bem, e, a 30 dias da festa, Américo Aguiar não espera percalços. Entre 17 e 28 de Novembro a torre, que permaneceu aberta durante toda a empreitada, vai ser encerrada para a execução de alguns trabalhos.
Nestes dias, o piso do cimo da torre vai ser alterado, para ficar a uma cota mais alta. Hoje os turistas têm o varandim de protecção ao nível do pescoço, e vão passar a ter uma vista mais desafogada da cidade, para além de painéis de auxílio à leitura da paisagem em redor. Ao mesmo tempo, a Câmara do Porto vai proceder, no exterior, à instalação da nova iluminação cénica deste monumento da autoria de Nicolau Nasoni.
A torre reabrirá a 29 de Novembro. Treze dias depois, será a vez da igreja, onde já se nota, na capela-mor, na abóbada e nas partes mais altas das paredes laterais, o resultado do trabalho de limpeza e restauro. Esta quinta-feira, funcionários de uma empresa de Palência procediam à reinstalação de um dos dois órgãos de tubos do templo, alvo, também eles, de trabalhos de reabilitação. Agora, Américo Aguiar quer oferecer aos milhares de turistas que frequentam esta zona da cidade pequenos concertos diários, sempre ao meio-dia, e está em conversações com outras entidades ligadas á cultura, na cidade, para tornar essa ideia uma realidade.
Do ponto de vista cultural, quem visita os clérigos (dois euros por bilhete) vai passar a ter a opção de visitar também o novo museu (outro bilhete do mesmo preço), espalhado por salas de vários pisos da igreja. Numa delas, no terceiro piso, ficará uma colecção de cristos em vários suportes e estilos artísticos, pertencente a um antiquário com loja aberta em Lisboa. António Miranda, natural de Baião, andava há muito, segundo Américo Aguiar, à procura de uma instituição que pudesse guardar e expor a sua colecção, que terá como ex-libris uma peça do século XII, adiantou.
Tendo em conta a importância deste espólio, a Irmandade dos Clérigos decidiu adiar a abertura desta sala, o Museu do Cristo, para a semana santa de 2015. Apesar de o Porto não ter grande tradição na celebração destas festividades religiosas, Américo Aguiar acredita que a exposição pode ser muito interessante para os milhares de turistas espanhóis que, nessa altura, invadem o Porto.