Enfermeiros marcam greve nacional para dias 14 e 21 de Novembro

Cortes salariais nas horas extraordinárias e reposição das 35 horas semanais de trabalho estão na base do protesto

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Os enfermeiros contestam o aumento da carga horária sem reforço salarial Virgílio Rodrigues

Em declarações à agência Lusa, Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), acusou o Ministério da Saúde de não cumprir os compromissos assumidos em processo negocial no que se refere à possibilidade do descongelamento do tempo de serviço para a progressão na carreira.

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Em declarações à agência Lusa, Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), acusou o Ministério da Saúde de não cumprir os compromissos assumidos em processo negocial no que se refere à possibilidade do descongelamento do tempo de serviço para a progressão na carreira.

"A proposta de Orçamento de Estado para 2015, contrariamente ao que estava inscrito no Documento de Estratégia Orçamental e que o Governo propagandeou, em Junho, não prevê normas que são exigências dos enfermeiros e do SEP, nomeadamente a progressão na carreira, o fim dos cortes salariais nas horas penosas e nas horas extraordinárias, reposição das 35 horas", referem os sindicalistas no comunicado em que anunciam a greve.

Segundo Guadalupe Simões, o sindicato enviou já aos vários grupos parlamentares e à comissão parlamentar da saúde um documento com propostas de alteração à proposta de Orçamento de Estado para 2015, pedindo também uma reunião.

Os enfermeiros portugueses cumpriram dois dias de greve nacional há menos de dois meses, nos dias 24 e 25 de Setembro, contra a "grave carência" de profissionais nas unidades públicas de saúde e pela dignificação da profissão e da carreira de enfermagem.

De acordo com Guadalupe Simões, os motivos que originaram a paralisação de Setembro ainda se mantêm válidos.