Pelo menos 47 mortos em atentado em escola na Nigéria

Forças de segurança acusam o grupo fundamentalista islâmico Boko Haram de estar por trás de mais um ataque no Nordeste do país.

Foto
Imagem retirada de um vídeo exibido pelo Boko Haram em que se assiste a um desfile do grupo numa cidade não identificada Boko Haram / AFP

O ataque ocorreu numa escola pública de rapazes na cidade de Potiskum, no estado de Yobe (Nordeste) – um dos três estados onde foi imposta a lei marcial por causa dos ataques dos fundamentalistas islâmicos do Boko Haram, que causaram dez mil mortos nos últimos cinco anos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O ataque ocorreu numa escola pública de rapazes na cidade de Potiskum, no estado de Yobe (Nordeste) – um dos três estados onde foi imposta a lei marcial por causa dos ataques dos fundamentalistas islâmicos do Boko Haram, que causaram dez mil mortos nos últimos cinco anos.

Um responsável da polícia disse à AFP que o ataque foi provocado por um kamikaze, que se misturou com os estudantes, e que a principal suspeita recai sobre o Boko Haram, que ainda não reivindicou a autoria do atentado.

A explosão aconteceu às primeiras horas da manhã, quando os estudantes ouviam o director da escola a discursar. “Os alunos estavam todos juntos para a reunião, quando qualquer coisa explodiu no meio deles com um barulho estrondoso”, disse à AFP um dos professores.

As instituições de ensino são um dos alvos mais frequentes para os ataques do Boko Haram – que significa “a educação ocidental é pecado” na língua haussa.

As autoridades nigerianas têm tentado pôr cobro à campanha de terror que o grupo tem levado a cabo no Norte do país, onde tem a pretensão de instaurar um estado islâmico. Desde 2009 que o Boko Haram tem conquistado território e tem o controlo de facto de algumas zonas, como por exemplo a cidade de Gwoza.

Em Outubro, o Governo e o exército anunciaram ter conseguido um acordo de cessar-fogo com o grupo fundamentalista, que previa a libertação das 200 raparigas raptadas em Abril. Porém, o Boko Haram negou ter estado em conversações com o Executivo de Abuja e anunciou recentemente ter casado as raparigas com combatentes do grupo.