EcoBook, um caderno para quem não gosta de desperdiçar papel
Pedro Lopes adora cadernos, mas não gosta de desperdiçar papel. Com este caderno reutilizável e amigo do ambiente podes ter um quadro branco debaixo do braço
Pedro Lopes, natural de Viseu, tem 18 anos e gosta de estudar em cadernos. Gosta de escrever sentado, mas tem um problema. Durante os estudos sente-se frustrado por ver folhas estragadas pelo uso do lápis e da borracha. Gosta de escrever a caneta, mas vê os cadernos como uma forma de desperdício de papel. Também gosta da experiência de escrever em quadros brancos que existem em escolas ou nas salas de reunião de empresas. Mas esses são "cansativos" como ferramenta de estudo — obrigam-nos a estar em pé.
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Pedro Lopes, natural de Viseu, tem 18 anos e gosta de estudar em cadernos. Gosta de escrever sentado, mas tem um problema. Durante os estudos sente-se frustrado por ver folhas estragadas pelo uso do lápis e da borracha. Gosta de escrever a caneta, mas vê os cadernos como uma forma de desperdício de papel. Também gosta da experiência de escrever em quadros brancos que existem em escolas ou nas salas de reunião de empresas. Mas esses são "cansativos" como ferramenta de estudo — obrigam-nos a estar em pé.
Assim surgiu uma ideia que envolvia a criação de um caderno reutilizável e amigo do ambiente. Pedro fez, então o primeiro protótipo do EcoBook: um caderno reutilizável que funciona como um “quadro portátil”.
Após o primeiro protótipo, Pedro, juntamente com o seu amigo Matheus Gerken (20 anos, também natural de Viseu) desenvolveram os primórdios do projecto recorrendo ao crowdfunding no site português de financiamento PPL. A campanha teve o sucesso desejado: atingiu 185% do seu objectivo com cerca de 2308 euros angariados.
O sucesso deste projecto propulsionou a criação de uma startup com o mesmo nome que o produto que a originou. A EcoBook foi recentemente acolhida na UPTEC, e é nesse edifício que está neste momento localizada. Os dois fundadores neste momento residem e estudam no Porto.
Um quadro branco portátil
O quadro branco em si, para os criadores da EcoBook, tinha como vantagens “o prazer da escrita e a liberdade de conseguirmos expor as nossas ideias, errando e apagando quantas vezes quiséssemos”. A maior vantagem do EcoBook é o facto de este permitir passar a experiência de escrever num quadro branco para um caderno transportável.
No caso de um erro este pode ser apagado com uma borracha própria que está na parte de cima da caneta que vem com o caderno, ou até mesmo com um pano. “Com o EcoBook podemos errar quantas vezes quisermos e não desperdiçamos folhas, o que nos permite contribuir para o meio ambiente. A longo prazo conseguimos poupar mais.” elucidou Matheus ao P3.
As folhas além de permitirem uma utilização do caderno a longo prazo na medida em que evitam um desperdício de papel, também têm a vantagem de ser resistentes à agua.
Juntamente com o caderno vem uma caneta própria para utilização: é da marca Staedtler, está disponível nas cores preto e vermelho e só a EcoBook a pode fornecer neste momento em Portugal. Os utilizadores do caderno poderão escrever com marcadores convencionais para quadros brancos, contudo esses não permitem que as informações escritas sejam a longo prazo. “Se as pessoas quiserem escrever uma certa informação para durar um mês ou algumas semanas, nós recomendamos a caneta que pode ser fornecida com o caderno.” Explicou Matheus.
A caneta pode ser obtida à parte do caderno por 2,37 euros. O caderno em formato A5 com o marcador custa 6,99 euros; em formato A4 + marcador ficará por 8,99 euros. Poderás saber mais através da loja online da EcoBook.
Um negócio em crescimento
Além da possibilidade de compra online existem postos de venda na Maia, em Viseu, e no Porto, no edifício principal da UPTEC. Várias encomendas do caderno online têm vindo da zona de Lisboa. Há empresas que também já manifestaram satisfação com as vantagens do EcoBook. “Já tivemos bons resultados de empresas que já pouparam milhares de folhas de papel por mês.” Expôs Matheus. A EcoBook já captou o interesse de clientes do Brasil, Alemanha, França. Os dois fundadores estão neste momento a fazer por entrar em novos mercados.
Os rapazes estão também neste momento a planear desenvolver actualizações para o seu produto: capas de várias cores e texturas e feitas com cortiça, pele e materiais recicláveis; folhas com pautas e quadriculadas; cadernos com folhas redondas; um encaixe dentro do caderno para a caneta e um marcador para o caderno. Uma app que permitirá que os utilizadores guardem no smartphone as suas informações apontadas no EcoBook a longo prazo também está nos planos futuros de Pedro e Matheus.
Texto editado por Luís Octávio Costa