Ministra diz que Orçamento do Estado traz melhorias e mantém rigor

"A principal aposta tem de ser nas empresas e na iniciativa privada", diz Maria Luís Albuquerque.

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Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças Nuno Ferreira Santos

Segundo a ministra, a preocupação do Governo "foi fazer um orçamento que já permita às pessoas sentirem algumas melhorias, mas, sempre com a consciência de que o caminho tem de ser feito com solidez, com as necessárias precauções e sem ignorar que o contexto que nos rodeia é menos favorável do que todos desejaríamos".

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Segundo a ministra, a preocupação do Governo "foi fazer um orçamento que já permita às pessoas sentirem algumas melhorias, mas, sempre com a consciência de que o caminho tem de ser feito com solidez, com as necessárias precauções e sem ignorar que o contexto que nos rodeia é menos favorável do que todos desejaríamos".

"Temos de nos focar essencialmente naquilo que temos capacidade de influenciar e não há nenhuma razão para que não possamos continuar a fazer o nosso caminho, dando cada vez mais espaço às empresas, para que possam continuar a investir, a criar emprego, a olhar para o mercado externo", acrescentou, salientando o esforço das empresas portuguesas na conquista de novos mercados nos últimos anos.
Maria Luísa Albuquerque, que falava na sessão de encerramento da V Convenção Social-democrata do Distrito de Setúbal, em Palmela, falou no novo Quadro Comunitário de Apoio Portugal 2020 e assegurou, ainda, que o orçamento de Estado para 2015, "mantém o caminho da recuperação e da sustentabilidade".

A ministra das Finanças justificou também a redução do Imposto sobre Rendimento Colectivo (IRC), defendendo que o alívio da carga fiscal sobre as empresas é importante, porque "são as empresas que criam emprego".

"A principal aposta tem de ser nas empresas e na iniciativa privada, porque o Estado tem escassez de recursos e uma dívida muito elevada para pagar, o que obriga a continuar a reduzir o défice e a conseguir excedentes primários que permitam reduzir a dívida", disse, reconhecendo que é devido a estas restrições que falta dinheiro para mais investimento público.

Maria Luís Albuquerque lembrou, no entanto, que nos últimos anos o Estado Português já investiu muito em infra-estruturas que, agora, podem ajudar no crescimento e na competitividade das empresas portuguesas.

Na Convenção Social-democrata de Setúbal, o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD, José Matos Correia, considerou que o actual Governo tem de voltar a merecer a confiança dos portugueses nas próximas eleições legislativas, que, frisou, "devem realizar-se em Outubro de 2015".

"Se não formos nós a merecer a confiança dos portugueses, tudo aquilo que fizemos nos últimos anos irá por água abaixo", disse, acrescentando que "a opção dos portugueses será entre a verdade e o carácter e entre a mentira e a mistificação".