Durão Barroso agraciado com a mais alta condecoração de Portugal
Cerimónia decorre na próxima segunda-feira no Palácio de Belém.
Na próxima segunda-feira, o Presidente da República condecora Durão Barroso com o Grande Colar da Ordem do Infante D. Henrique, distinção habitualmente reservada a chefes de Estado estrangeiros e que só excepcionalmente é atribuída a personalidades portuguesas. Foi o caso de Rocha Vieira, o último governador português de Macau, a quem o Grande Colar foi atribuído por Jorge Sampaio, então Presidente da República.
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Na próxima segunda-feira, o Presidente da República condecora Durão Barroso com o Grande Colar da Ordem do Infante D. Henrique, distinção habitualmente reservada a chefes de Estado estrangeiros e que só excepcionalmente é atribuída a personalidades portuguesas. Foi o caso de Rocha Vieira, o último governador português de Macau, a quem o Grande Colar foi atribuído por Jorge Sampaio, então Presidente da República.
“O drº José Manuel Durão Barroso termina hoje o seu mandato (…) trata-se do mais alto cargo internacional alguma vez assumido por um português e cujo exercício prestigiou e foi de especial relevância para o nosso país”, referiu esta sexta-feira a Presidência da República.
Também o primeiro-ministro assinalou na sexta-feira o fim do segundo mandato de Barroso à frente da União Europeia. “A liderança de dez anos do drº Durão Barroso à frente da Comissão é, antes de mais, um símbolo do compromisso do sistema político-partidário português com o projecto europeu”, refere o comunicado assinado por Pedro Passos Coelho.
O primeiro-ministro assinala que na presidência de Durão Barroso “a União Europeia enfrentou crises consecutivas de natureza institucional, económica e geopolítica”.
Depois de destacar que, nos últimos dez anos, a União Europeia se transformou “num clube de 28 Estados membros”, Passos aborda as dificuldades enfrentadas pelo antigo primeiro-ministro de Portugal à frente da Comissão Europeia: da rejeição do Tratado Constitucional à negociação do Tratado de Lisboa, da crise económica europeia aos desafios internacionais.
“Destaco, em particular, a acção decisiva que o Dr. Durão Barroso teve, como pude testemunhar enquanto primeiro-ministro, mas igualmente, ainda como líder da oposição, na defesa firme da estabilização da zona Euro”, acentua Passos Coelho. O chefe do Governo refere, também, os passos dados para a criação da União Económica e Monetária e da União Bancária.
Por fim, Passos Coelho destaca o papel de Barroso na negociação dos dois quadros financeiros da União, bem como o apoio do presidente da Comissão às posições portuguesas em matéria de reforço das interconexões eléctricas e de concretização do mercado europeu de energia no último Conselho Europeu.