Nuno Amado diz que BCP não precisa de aumento de capital
"Não vai ser necessário fazer qualquer aumento de capital nem vai ser necessário fazer qualquer venda forçada de um activo estratégico. Hoje estamos muito melhor preparados do que estávamos no passado, estamos mais sólidos, mais fortes para apoiar a economia portuguesa e a economia dos países onde temos uma presença forte", disse o banqueiro este Domingo.
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"Não vai ser necessário fazer qualquer aumento de capital nem vai ser necessário fazer qualquer venda forçada de um activo estratégico. Hoje estamos muito melhor preparados do que estávamos no passado, estamos mais sólidos, mais fortes para apoiar a economia portuguesa e a economia dos países onde temos uma presença forte", disse o banqueiro este Domingo.
Amado falava aos jornalistas depois de se saber que o BCP foi o único dos três bancos portugueses que chumbou no cenário mais adverso dos testes de stress conduzidos pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela Autoridade Bancária Europeia, enquanto a CGD e o BPI tiveram nota positiva.
O banqueiro sublinhou contudo que o banco passaria nos testes de 'stress' do BCE se os mesmos fossem feitos tendo em conta os dados actuais e não de dezembro de 2013. "Esse exercício foi feito com base em 2013. Se o exercício fosse feito agora, com base na evolução muito positiva que o banco fez, com base nas decisões que já tomámos em 2014 também, o resultado seria diferente e já estaríamos alinhados com o valor de referência definido pelo BCE", advogou Nuno Amado.
O presidente do BCP lembrou ainda que a entidade tem em marcha um plano de reestruturação que deveria terminar em 2017 mas adiantou que é "quase certa" uma antecipação desse prazo.
"O facto de estarmos hoje na inversão que estamos, com melhores resultados e uma situação financeira perfeitamente estável e sólida, tem que ver com a implementação de um plano de reestruturação (...) que estamos a implementar de uma forma muito clara. Não acabou ainda", sublinhou.
Às 11:00 (hora de Lisboa) foram conhecidos os resultados da avaliação à qualidade dos activos dos bancos e dos testes de 'stress', num exercício feito em conjunto pelo BCE e pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) com vista a avaliar a capacidade de resistência do sector perante uma crise económica e financeira.
Para passarem nos testes, os bancos deviam dispor de um rácio de capital 'Common Equity Tier 1' (CET1) (rácio de capital que está a ser usado para medir a solvabilidade dos bancos) mínimo de 8% no cenário económico e financeiro base e de 5,5% no cenário adverso.