Crato diz que necessidades escolares comprovadas "serão supridas"

Nuno Crato encerrou o encontro nacional de associações de pais, em Cascais.

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Nuno Crato que haja “poucos consensos” na Educação NFactos/Rui Gonçalves

No final do 39.º Encontro Nacional das Associações de Pais, Nuno Crato falou aos jornalistas. Questionado sobre se, no quadro do plano de recuperação do atraso do arranque do ano lectivo, e caso seja necessário, contratará mais professores e pagará horas extraordinárias, disse que, “com certeza, (...) as necessidades que forem comprovadas (...) serão supridas”.

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No final do 39.º Encontro Nacional das Associações de Pais, Nuno Crato falou aos jornalistas. Questionado sobre se, no quadro do plano de recuperação do atraso do arranque do ano lectivo, e caso seja necessário, contratará mais professores e pagará horas extraordinárias, disse que, “com certeza, (...) as necessidades que forem comprovadas (...) serão supridas”.

Porém, sublinhou o ministro, o que se está a verificar “é um grande esforço por parte dos directores e dos professores para, com os meios próprios, resolverem os problemas da compensação pedagógica que existem para um conjunto de alunos”.

Sobre o balanço da colocação de professores através da Bolsa de Contratação de Escola (BCE), que o Ministério da Educação tinha prometido para esta semana, mas depois remeteu para a semana que vem, o ministro assegurou que “a Administração Escolar tratará disso no devido tempo”.

Realçando que tem acompanhado “o que se está a passar, dia a dia”, Nuno Crato confirmou que “um balanço sistemático será feito, em princípio, na segunda-feira”.

Na sessão de encerramento do encontro, o ministro voltou a reconhecer “erros lamentáveis no início” do ano lectivo, mas garantiu que “estão agora em fase de ultrapassagem final” e recordou que “muitas escolas não tiveram problemas nenhuns”.

Perante o repto lançado pelas associações de pais para que não admita mais cortes na Educação, o ministro voltou a explicar que o orçamento não emagrecerá 700 milhões de euros. “Na realidade, há uma redução de 200 milhões”, insistiu, acrescentando que, desse montante, 50 milhões “dependem da capacidade de utilizar fundos comunitários”.

Ou seja, garante o ministro, “a redução na Educação vai ser muito menor, se é que vai haver”. E, “se for necessário”, Nuno Crato irá “buscar” mais dinheiro.

Questionado pelo PÚBLICO sobre os cortes, Jorge Ascensão, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), que promoveu o encontro, insiste: entende que é difícil cortar mais num sector onde já faltam recursos para garantir “uma escola inclusiva”.

"Vamos acreditar que as necessidades das escolas vão ser supridas", afirmou o presidente da Confap.

Lamentando que haja “poucos consensos” na Educação, Nuno Crato classificou o actual momento como sendo “de grande dificuldade”, mas garantiu estar a trabalhar para “estabilizar” o corpo docente.

“Vamos sempre precisar de professores no quadro e de professores contratados para funções adicionais e temporárias”, frisou, garantindo que as medidas adoptadas pelo Governo “vão ter um efeito muito claro” no futuro.

“Ser professor era aquela profissão para onde se ia quando não se tinha mais nada, em alguns casos”, disse, para demonstrar o que quer mudar no futuro.