Alunos do básico e secundário protestaram em defesa de “um futuro melhor”

Ideia do protesto realizado esta quinta-feira a nível nacional partiu da associação de estudantes da Escola Secundária Santa Maria, em Sintra

Foto
Na última época de exames, perto de 15 mil alunos não conseguiram fazer a prova de Português na dada marcada Adriano Miranda

"Em outras zonas do país, os alunos estão a manifestar-se em frente das suas escolas mas nós, aqui em Lisboa, decidimos vir para a porta do ministério", contou à Lusa Maria Almeida, aluna do 10.º ano de Humanidades da escola António Damásio. Segundo a aluna, que pertence a uma das listas candidatas à associação de estudantes da António Damásio, a razão do protesto prende-se com os cortes na educação, que "tornam o ensino público ainda mais debilitado".

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

"Em outras zonas do país, os alunos estão a manifestar-se em frente das suas escolas mas nós, aqui em Lisboa, decidimos vir para a porta do ministério", contou à Lusa Maria Almeida, aluna do 10.º ano de Humanidades da escola António Damásio. Segundo a aluna, que pertence a uma das listas candidatas à associação de estudantes da António Damásio, a razão do protesto prende-se com os cortes na educação, que "tornam o ensino público ainda mais debilitado".

Também João Oliveira, presidente da associação de estudantes da Escola Secundária Gil Vicente, criticou as opções governamentais e o novo orçamento do estado: "Neste momento não temos uma escola gratuita nem de qualidade. Estamos aqui porque queremos um futuro melhor", criticou.
 

No Porto, cerca de 150 estudantes de seis escolas manifestaram-se junto à estação do metro da Trindade. "Queremos melhorar as condições de estudo e lutar por uma escola pública gratuita e de qualidade. Estamos contra o desinvestimento e os cortes que se têm vindo a acumular e que fizeram com que tivéssemos turmas ilegais, com mais de 30 alunos, e falta de funcionários", disse à Lusa Inês Miranda, de 17 anos, da Escola Secundária Almeida Garret, em Gaia. "Apesar do desinvestimento, investem na banca com milhões que nos pertencem a nós", criticou a aluna.

No Alentejo, o protesto também contou com dezenas de alunos do ensino básico e secundário de Évora, Arraiolos e Campo Maior. Em Évora, os alunos das escolas secundárias Gabriel Pereira e André de Gouveia queixaram-se de falta de condições nos edifícios, falta de funcionários e professores. Em Arraiolos, a porta-voz  Mariana apontava para problemas como a "privatização das cantinas das escolas, os muitos cortes na educação, as turmas sobrelotadas e a falta de funcionários e professores". No Alto Alentejo, os alunos do Agrupamento de Escolas de Campo Maior quiseram lembrar que no início desta semana faltavam ainda colocar 20 docentes.