Nova zona comercial junto ao IC-19 inclui parque temático “Sintra dos Pequeninos”

Mega-projecto representa investimento de mil milhões de euros no município liderado por Basílio Horta. Vai ser "a cidade da Sonae".

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"Sintra dos Pequeninos" vai ter miniaturas dos monumentos da vila Nuno Ferreira Santos

O parque “Sintra dos Pequeninos” será uma das atracções do mega-projecto da Sonae (proprietária do PÚBLICO) previsto para uma área de 70 hectares, delimitados pelo IC-19 (Lisboa-Sintra), a A16 (CREL-Cascais) e a estrada nacional 149-4 (junto do Leroy Merlin). Segundo a autarquia, o investimento global ronda os mil milhões de euros e serão criados 600 postos de trabalho.

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O parque “Sintra dos Pequeninos” será uma das atracções do mega-projecto da Sonae (proprietária do PÚBLICO) previsto para uma área de 70 hectares, delimitados pelo IC-19 (Lisboa-Sintra), a A16 (CREL-Cascais) e a estrada nacional 149-4 (junto do Leroy Merlin). Segundo a autarquia, o investimento global ronda os mil milhões de euros e serão criados 600 postos de trabalho.

O plano prevê também a construção de uma zona comercial com 20.000 metros quadrados, espaços para serviços, unidade de saúde, dois hotéis e loteamentos de habitação unifamiliar.

Na reunião do executivo, na terça-feira, o presidente da câmara Basílio Horta (PS) explicou que o projecto "é a cidade da Sonae". O plano teve início em 1998, por iniciativa do Carrefour, entretanto adquirido pelo grupo proprietário dos hipermercados Continente, e integra a Área Urbanística de Génese Ilegal (AUGI) de Colónia e Sesmarias.

O parque urbano, com um circuito de manutenção e ciclovia, estende-se por dez hectares e inclui zonas de estadia e equipamentos na "Sintra dos Pequeninos", que terá esculturas ou pequenas dos principais monumentos da vila classificada pela UNESCO como património mundial.

Numa área adicional de quatro hectares desenvolve-se o parque de recreio e lazer, associado à ribeira de Caparide-Manique, estando ainda prevista uma bacia de retenção na confluência com outra linha de água.

O plano considera uma distribuição multifuncional de usos do solo repartida em 32% para actividades económicas e turismo, 22% com função residencial e 42% para usos de recreio, lazer, protecção e enquadramento e espaço rústico de produção (hortas comunitárias).

Oposição absteve-se

O vereador Pedro Ventura justificou a abstenção da CDU na votação do plano por este ter "muitos aspectos positivos", como o parque urbano, as áreas de hotelaria e de serviços, a requalificação da AUGI, mas apontou como negativa "a área comercial de grande dimensão".

"Naquela zona existe uma sobrecarga de áreas comerciais", frisou o autarca, mencionando o Fórum Sintra e o futuro centro comercial Jumbo, a construir no nó de Mem Martins do IC19. Pedro Ventura defendeu que "seria mais interessante naquela zona outro tipo de serviços, ligados à química, à farmacêutica ou mesmo de serviços partilhados".

O vereador independente Marco Almeida, que se absteve na votação, valorizou a oportunidade de investimento, mas notou a importância de ser acautelada a questão da "mobilidade numa zona que tem uma intensa procura" e "que é uma zona estratégica do concelho".

"É um dos investimentos mais importantes que Sintra teve, senão o mais importante", vincou Basílio Horta, acrescentando que "a parte comercial é uma pequena parte de tudo o resto", nomeadamente dos hotéis e da saúde.

O autarca admitiu que a câmara pode "discutir até ao limite a redução da parte comercial", mas trata-se de uma propriedade privada e o plano vai permitir requalificar um espaço importante do concelho.