Homem que terá matado por ciúmes a mulher e a filha fica em prisão preventiva
Mulher de 47 anos e filha de 16 morreram esfaqueadas. Pediram ajuda aos vizinhos e tentaram fugir, mas a porta de casa estava trancada. Filha de 13 anos ficou também ferida, mas sobreviveu.
O suspeito de 49 anos foi ouvido na tarde desta terça-feira por um juiz no Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra. Está indiciado por dois crimes de homicídio qualificado na forma consumada e por um crime de homicídio qualificado na forma tentada. Cometeu os crimes com uma faca de cozinha e atingiu também uma outra filha de 13 anos que sobreviveu e continua internada no Hospital Pediátrico de Coimbra com um pulmão perfurado.
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O suspeito de 49 anos foi ouvido na tarde desta terça-feira por um juiz no Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra. Está indiciado por dois crimes de homicídio qualificado na forma consumada e por um crime de homicídio qualificado na forma tentada. Cometeu os crimes com uma faca de cozinha e atingiu também uma outra filha de 13 anos que sobreviveu e continua internada no Hospital Pediátrico de Coimbra com um pulmão perfurado.
Na origem dos crimes estarão ciúmes, apurou a PJ. Porém, os investigadores não conseguiram ainda perceber a razão dos ciúmes. Não existe para já qualquer indício relativo à existência de uma eventual relação extraconjugal e o casal e as filhas tinham sido vistos pelos vizinhos numa caminhada tranquila durante a noite junto à casa. O crime ocorreu já de madrugada.
A PJ acredita que o suspeito agiu de forma consciente e que o mesmo não estaria afectado por qualquer quadro psíquico que possa vir a determinar a sua inimputabilidade.
A mulher de 47 e a sua filha de 16 anos foram esfaqueadas. Morreram à porta de casa. Tentavam fugir do companheiro e pai que empunhava a faca de cozinha. À chegada, a GNR ainda ouviu uma delas a pedir socorro e arrombou a porta, mas já nada havia a fazer.
As vítimas tinham vários golpes no peito e abdómen. Tinham também diversos golpes nos braços, um tipo de ferimento que indicia que se tentaram defender dos golpes, apontou fonte policial. Na primeira revista à casa, a GNR não conseguiu encontrar as chaves da porta da habitação.
Foram, aliás, os insistentes pedidos de socorro que as duas fizeram através da porta que alertaram os restantes moradores do prédio de três andares na Urbanização Encosta do Sol no centro de Soure, próximo da escola básica e secundária desta vila.
Segundo a polícia, o agressor não tinha antecedentes criminais e as autoridades nunca tinham sido chamadas àquele apartamento por qualquer desacato.