Protecção Civil avisa bombeiros para não transportarem casos suspeitos de ébola
Portugal ainda não teve qualquer caso confirmado de ébola, apenas cinco casos suspeitos que se revelaram negativos.
Esta semana, a Liga dos Bombeiros Portugueses manifestou dúvidas sobre o papel destes profissionais no âmbito da prevenção do vírus do ébola em Portugal. Num comunicado da passada sexta-feira e divulgado no site da Autoridade Nacional de Protecção Civil, são definidos os "procedimentos a adoptar pelos bombeiros", bem como se recordam os critérios para considerar um caso suspeito.
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Esta semana, a Liga dos Bombeiros Portugueses manifestou dúvidas sobre o papel destes profissionais no âmbito da prevenção do vírus do ébola em Portugal. Num comunicado da passada sexta-feira e divulgado no site da Autoridade Nacional de Protecção Civil, são definidos os "procedimentos a adoptar pelos bombeiros", bem como se recordam os critérios para considerar um caso suspeito.
Perante um caso suspeito, a Protecção Civil dá indicações aos bombeiros para não transportarem o doente. Deve ser contactada a linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou o INEM, sendo depois a situação reportada ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).
Na quarta-feira, a Liga dos Bombeiros tinha pedido uma reunião "urgente" à Autoridade de Protecção Civil para clarificar o papel dos bombeiros no combate ao ébola.
A propósito da mobilização de meios, o director-geral da Saúde, Francisco George, disse no Parlamento esta semana que foi decidido que a Protecção Civil não deve ser mobilizada para um risco que é por enquanto considerado baixo. No gabinete de crise criado esta semana, dirigido pela Direcção-Geral da Saúde, não constam elementos da Autoridade Nacional da Protecção Civil.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o vírus do ébola já causou mais de 4500 mortos em cerca de 9000 casos concentrados sobretudo na Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri e Nigéria. Portugal ainda não teve qualquer caso confirmado, apenas cinco casos suspeitos que se revelaram negativos.