Director escolar demite-se devido a instabilidade na colocação de professores
Felix Bolaños dirige há 10 anos Agrupamento de Escolas da Apelação, Loures, classificado como Território Educativo de Intervenção Prioritária.
“A confusão na colocação de professores não é só deste ano, verifica-se há vários anos e esse factor impede a melhoria dos resultados escolares”, justificou Felix Bolaños, que dirige há 10 anos aquele agrupamento, classificado como Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP).
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“A confusão na colocação de professores não é só deste ano, verifica-se há vários anos e esse factor impede a melhoria dos resultados escolares”, justificou Felix Bolaños, que dirige há 10 anos aquele agrupamento, classificado como Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP).
O director aguarda ainda pela resposta da tutela, após o que tenciona fazer uma carta aberta à comunidade educativa para explicar os motivos da decisão.
“Uma das minhas batalhas sempre foi a estabilidade dos professores”, referiu, indicando tratar-se de uma das escolas mais complicadas do país, a braços com problemas de violência e insucesso quando assumiu a direcção.
O ano lectivo começou há mais de um mês e ainda faltam cinco professores no agrupamento, com cerca de 400 alunos, do pré-escolar ao 9.º ano.
No início das aulas, faltavam 13 docentes, num universo de profissionais que deveriam estar na escola em Setembro.
“Em certa altura conseguimos estabilizar os professores e aí os resultados melhoraram e diminuiu a indisciplina, até recebemos um prémio, mas de há três anos para cá a instabilidade no corpo docente não permite atingir esses objectivos”, defendeu.