Pistorius entre dez anos de prisão ou uma pena de trabalho comunitário
Juíza do processo do atleta sul-africano marcou para a próxima terça-feira o anúncio da pena a que este vai ser sujeito pelo crime de homicídio involuntário.
O atleta paralímpico e olímpico de 27 anos, cujas pernas forma amputadas quando era bebé, foi considerado culpado de homicídio involuntário da sua namorada, Reeva Steenkamp, de 29 anos, no dia de S. Valentim do ano passado. “A pena mínima que a sociedade está disposta a aceitar é um mínimo de dez anos de prisão”, disse o procurador, Gerrie Nel. “Este é um caso sério. A negligência fez fronteira com a intenção. Dez anos é o mínimo.”
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O atleta paralímpico e olímpico de 27 anos, cujas pernas forma amputadas quando era bebé, foi considerado culpado de homicídio involuntário da sua namorada, Reeva Steenkamp, de 29 anos, no dia de S. Valentim do ano passado. “A pena mínima que a sociedade está disposta a aceitar é um mínimo de dez anos de prisão”, disse o procurador, Gerrie Nel. “Este é um caso sério. A negligência fez fronteira com a intenção. Dez anos é o mínimo.”
As equipas de defesa e de acusação passaram os cinco dias desta audiência final destinada a definir a pena argumentado sobre se Pistorius deve ir para a prisão ou ser punido com prisão domiciliária e trabalho comunitário.
Os peritos estão divididos sobre o desfecho. Uma sentença que não implique prisão irá muito provavelmente provocar a indignação da opinião pública, porque alimenta a percepção entre os negros sul-africanos de que, 20 anos depois do fim do regime do apartheid, os brancos ricos e bem sucedidos ainda têm garantida uma justiça preferencial. Thokozile Masipa é apenas uma das duas juízas negras da África do Sul.
“Não podemos desapontar os pais [de Reeva]. Não podemos desapontar a sociedade. A sociedade pode perder a confiança neste tribunal”, disse Gerrie Nel.
O advogado de defesa Barry Roux defendeu que o atleta devia ser condenado a uma pena de trabalho comunitário, porque mostrou arrependimento e remorsos e já tinha sido suficientemente castigado desde que matou a namorada através da porta de uma casa de banho da sua casa de Pretória. Pistorius diz que confundiu Steenkamp por um intruso e que nunca teve a intenção de disparar contra a namorada.
“Ele quer fazer algo de bom, na medida do possível. Devia ser seriamente considerada uma sentença de trabalho comunitário para que algo de positivo possa sair daqui”, disse Roux.