Rendas sai do CRUP após “anos difíceis” mas experiência “enriquecedora”

António Rendas presidiu ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas nos últimos quatro anos

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António Rendas, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, que está contra a extinção da FCCN Nuno Ferreira Santos

Rendas deixa a presidência do CRUP depois de “um período demasiado longo” na liderança, mas não vai deixar de pertencer àquele organismo, onde tem assento enquanto reitor da Universidade Nova de Lisboa (UNL). Com mandato por mais três anos para cumprir à frente da instituição lisboeta, o dirigente cessante diz estar “disponível” para colocar a sua “experiência ao serviço” das necessidades que venham a ser identificadas pelo seu sucessor. “Continuo a estar muito empenhado”, sublinha.

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Rendas deixa a presidência do CRUP depois de “um período demasiado longo” na liderança, mas não vai deixar de pertencer àquele organismo, onde tem assento enquanto reitor da Universidade Nova de Lisboa (UNL). Com mandato por mais três anos para cumprir à frente da instituição lisboeta, o dirigente cessante diz estar “disponível” para colocar a sua “experiência ao serviço” das necessidades que venham a ser identificadas pelo seu sucessor. “Continuo a estar muito empenhado”, sublinha.

Rendas elenca algumas das principais marcas que considera ter deixado no seu mandato, a começar pelo “papel positivo” na transição entre o actual e o anterior governos no que toca às parcerias com instituições estrangeiras como as universidades de Harvard, Carnegie Mellon e o MIT para a investigação científica. O CRUP apresentou também a proposta que deu início à elaboração do Estatuto do Estudantes Internacional, aprovado este ano, que dá novos instrumentos às universidades portuguesas para a sua internacionalização. “Estamos a dar os primeiros passos, mas são duas iniciativas em fase de crescendo, que podem ter resultados muito positivos”, valoriza o reitor da UNL.

António Rendas admite que as questões relativas ao orçamento do sector se sobrepuseram muitas vezes a outras das prioridades, mas defende que, sem essa intervenção, “não teria sido possível defender” estas apostas na ciência e na internacionalização, por exemplo, e os bons desempenhos das principais instituições portuguesas nos rankings internacionais. O financiamento vai voltar a estar em cima da mesa esta semana, quando for conhecida a proposta de Orçamento de Estado. O presidente cessante do CRUP espera que não se confirme o fim da excepção para o ensino superior do “congelamento” de 15% das receitas próprias, uma medida que estará contida no documento que o Governo está a ultimar. “Seria muito limitador e um prejuízo muito significativo para as universidades”, alerta.