“Snacks” de fruta portugueses chegam a Inglaterra este ano
Empresa portuguesa já exporta para Angola e Espanha e vai agora para o mercado inglês. Lançamento de cinco novos sabores está também na calha
A Frueat, empresa portuguesa com uma unidade industrial em Viseu que desenvolve a desidratação e embala "snacks" de fruta crocante, vai iniciar a sua exportação para o mercado inglês ainda em 2014.
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A Frueat, empresa portuguesa com uma unidade industrial em Viseu que desenvolve a desidratação e embala "snacks" de fruta crocante, vai iniciar a sua exportação para o mercado inglês ainda em 2014.
"Antes do final deste ano vamos iniciar as primeiras exportações para o mercado inglês", disse à agência Lusa o director-geral da Frueat, Filipe Simões, destacando que "a empresa terá concluído a nova linha de produção, num investimento de um milhão de euros, com uma capacidade anual de embalamento de 8 milhões de "snacks" naturais feitos de fruta crocante, para apostar na internacionalização da marca Fruut".
Angola e Espanha são países para onde a Frueat, constituída em Março de 2013, já exporta, contando, para isso, com distribuidores locais. Uma grande parte da fruta que a Frueat utiliza provém dos pomares da Sociedade Agrícola Quinta de Vilar, em Viseu, que detém 50% do seu capital.
A marca Fruut de “snacks”, feitos unicamente com fruta natural, foi criada em Julho de 2013, tendo atingido no primeiro ano de actividade um milhão de embalagens vendidas. "A nossa prioridade inicial foi a afirmação no mercado interno, o que se está a concretizar com a presença dos nossos produtos em todas as cadeias de hipermercados, estações de serviço e muitas mercearias e cafés", destacou à Lusa o gestor.
Contudo, "o norte da Europa é [ainda] um alvo prioritário da marca", e o objectivo da empresa é dentro de três anos estar em todos os continentes", salientou. Até ao momento, a empresa utiliza maçãs Granny Smith e maçãs Golden, mas a partir de Novembro vai alargar o leque de produtos à pêra Rocha, maçã Fuji e à maçã Bravo.
O sucesso da marca é explicado por Filipe Simões devido a "uma clara correspondência entre a promessa da marca e as expectativas dos consumidores. As pessoas procuram produtos que sejam 100% naturais, isentos de glúten, sem adição de açúcares, no fundo saudáveis, mas que também lhes proporcionem prazer", frisou. Além disso, "é muito difícil" encontrar no mercado outros produtos que "preencham estas expectativas", lembrou.
Sobre o desempenho da Frueat, o gestor referiu ainda à Lusa que a empresa facturará este ano cerca de 1,25 milhões de euros e que espera atingir o ponto de equilíbrio entre receitas e custos no final do primeiro trimestre de 2015. Até ao final do próximo ano, a aposta em "snacks" de fruta "é o foco do negócio", estando na calha o lançamento de cinco novos sabores.
O facto de a Frueat ter a Sociedade Agrícola Quinta de Vilar como sócio permite-lhe beneficiar de muitas sinergias, nomeadamente a capacidade de conservar a fruta fresca em câmaras frigoríficas ou de atmosfera controlada. A fábrica está instalada na Quinta de Vilar, em Viseu, com acesso imediato à matéria-prima. "Temos também um forte "know-how" em termos de produção, pois a Quinta de Vilar desidrata fruta há mais de 14 anos", frisou. "Mais de 10 milhões de euros de facturação global é a meta prevista pela Frueat para os próximos três anos", concluiu.