Polícia de Hong Kong avançou sobre manifestantes e fez detenções
Agentes carregaram e usaram gás pimenta para desimpedir importante avenida.
Os confrontos que se seguiram foram descritos pela AFP como os mais violentos desde o início dos protestos, há duas semanas. Os agentes carregaram sobre barricadas erguidas pelos manifestantes numa importante avenida, perto da sede de governo da cidade chinesa.
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Os confrontos que se seguiram foram descritos pela AFP como os mais violentos desde o início dos protestos, há duas semanas. Os agentes carregaram sobre barricadas erguidas pelos manifestantes numa importante avenida, perto da sede de governo da cidade chinesa.
Centenas de polícias envergando equipamento anti-motim usaram gás pimenta para dispersar os manifestantes. Segundo a BBC, antes da intervenção, as forças de segurança anunciaram que iam desimpedir a Lung Wo Road.
Poucas horas antes, manifestantes tinham enfrentado a polícia e tentado controlar um túnel rodoviário.
Enquanto isso, esta quarta-feira surgiram imagens de um manifestante a ser pontapeado e agredido pela polícia, já depois de ter sido detido. Logo após a divulgação das imagens, o secretário para a segurança disse que os agentes iriam ser suspensos enquanto o caso era investigado. Pouco depois, a polícia disse que os responsáveis iriam voltar ao serviço.
A polícia de Hong Kong – durante anos uma força conhecida pela experiência com controlo de multidão sem violência – já enfrentou acusações pelo uso de gás pimenta e bastonadas para dispersar os protestos, liderados por estudantes e um movimento Occupy, no final de Setembro. Depois das imagens da repressão as manifestações aumentaram.
“Agora, os cidadãos perguntam-se porque é que os oficiais da polícia pareciam comportar-se com impunidade em relação a um manifestante que já estava controlado?”, nota a correspondente da BBC em Hong Kong Juliana Liu.
Hong Kong tem assistido às maiores manifestações desde que passou para a administração chinesa, em 1997,em protesto contra a decisão de instaurar o sufrágio universal, mas com os cidadãos a poderem escolher apenas entre candidatos aprovados pelas autoridades de Pequim.