Ronaldo salvou a selecção

Portugal venceu em Copenhaga, com golo no período de compensação, e recupera terreno na qualificação para o Euro 2016. Primeira vitória de Fernando Santos ao serviço da equipa nacional

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O sucessor de Paulo Bento no comando da selecção nacional tinha dito antes do jogo de Copenhaga que era necessário “apertar as porcas e os parafusos” correspondentes aos aspectos mais negativos do particular com a França. E só alterou detalhes, apresentando um “onze” praticamente igual ao que alinhou de início em Paris: Ricardo Carvalho e William Carvalho foram as únicas novidades, ocupando os lugares que tinham sido de Bruno Alves e André Gomes. Duas apostas ganhas, como foi também a de Ricardo Quaresma – lançado como último recurso e autor do passe para o golo de Cristiano Ronaldo. O 51.º do capitão da equipa nacional na 116.ª partida com a camisola da selecção.

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O sucessor de Paulo Bento no comando da selecção nacional tinha dito antes do jogo de Copenhaga que era necessário “apertar as porcas e os parafusos” correspondentes aos aspectos mais negativos do particular com a França. E só alterou detalhes, apresentando um “onze” praticamente igual ao que alinhou de início em Paris: Ricardo Carvalho e William Carvalho foram as únicas novidades, ocupando os lugares que tinham sido de Bruno Alves e André Gomes. Duas apostas ganhas, como foi também a de Ricardo Quaresma – lançado como último recurso e autor do passe para o golo de Cristiano Ronaldo. O 51.º do capitão da equipa nacional na 116.ª partida com a camisola da selecção.

No Parken de Copenhaga estiveram em confronto duas filosofias: a Dinamarca de Morten Olsen, que assumiu o cargo de seleccionador após o Euro 2000, recebeu a selecção de Fernando Santos, apresentado como sucessor de Paulo Bento há somente três semanas. O curto prazo superou o longo prazo, com alguma felicidade à mistura. Quando já havia mais coração do que cabeça em campo, Cristiano Ronaldo chamou a si a responsabilidade e salvou a honra da equipa nacional.

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Frente a um adversário que não deu tanto trabalho como a França, Portugal assumiu o comando e conseguiu construir bons lances durante os primeiros 30 minutos, mas paulatinamente foi-se eclipsando da partida. Nani e Danny desta vez não foram os parceiros ideais para Cristiano Ronaldo na frente do ataque e no meio-campo também faltou algum acerto. Em sentido contrário, os laterais mostraram-se em melhor nível relativamente ao jogo de Paris, também por terem sido menos vezes postos à prova.

Kasper Schmeichel, filho do guarda-redes que foi campeão nacional pelo Sporting em 1999-2000, começou por ser o principal obstáculo entre Portugal e o golo. Travou os remates de Cristiano Ronaldo (7’) e Danny (13’) e depois viu Nani cabecear por cima da sua baliza (26’). A selecção portuguesa foi-se apagando do encontro e a Dinamarca quase tirava partido disso. Os anfitriões tiveram a ocasião mais flagrante da primeira parte quando Krohn-Dehli, aos 34’, rematou cruzado, fora do alcance de Rui Patrício, mas viu a bola ser devolvida pelo poste.

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No início da segunda parte Portugal voltou a prometer, com o remate de Cristiano Ronaldo a ser defendido por Schmeichel (51’) e depois William Carvalho a fazer a bola passar uns centímetros acima da baliza dinamarquesa. Só que a seguir a isso foi o deserto: o meio-campo nunca deu a fluidez necessária ao jogo da selecção nacional e no ataque as coisas deixaram de funcionar. Fernando Santos abdicou de Nani e Danny, mas a substituição determinante para o desfecho do jogo seria a última feita pelo seleccionador português.

Foi já depois de Krohn-Dehli ter voltado a ameaçar – à entrada da área, rematou um palmo ao lado da baliza de Rui Patrício (72’) – que Ricardo Quaresma entrou para o lugar de Tiago. O jogo aproximava-se do final, os adeptos dinamarqueses davam ânimo à equipa e os jogadores portugueses enervavam-se. Cristiano Ronaldo viu o cartão amarelo num lance com Hojbjerg, mas manteve a frieza suficiente para estar no sítio certo à hora certa. Os segundos esgotavam-se quando Ricardo Quaresma teleguiou a bola para Cristiano Ronaldo, que no coração da área dinamarquesa saltou mais alto do que Kjaer e cabeceou para o golo salvador.