Bom dia, Agustina!
Agustina é uma génia. Tudo o que escreveu – que foi muito para quem conta a metro, mas pouco para quem conta em momentos de vida a lê-la – é genial.
Agustina é uma génia. Tudo o que escreveu – que foi muito para quem conta a metro, mas pouco para quem conta em momentos de vida a lê-la – é genial. O génio é uma sorte. Não é apenas facilidade de fazer coisas nunca dantes vistas. É também o facto sobrenatural de fazer muitas coisas maravilhosas, com ou sem esforço, sem desejo de agradar aos outros – sejam muitos ou poucos – só por se estar contente com quem se é e orgulhoso do que se faz.
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Agustina é uma génia. Tudo o que escreveu – que foi muito para quem conta a metro, mas pouco para quem conta em momentos de vida a lê-la – é genial. O génio é uma sorte. Não é apenas facilidade de fazer coisas nunca dantes vistas. É também o facto sobrenatural de fazer muitas coisas maravilhosas, com ou sem esforço, sem desejo de agradar aos outros – sejam muitos ou poucos – só por se estar contente com quem se é e orgulhoso do que se faz.
Quem me acordou para o trabalho de Agustina foram dois outros génios e, para mais, poetas: João Miguel Fernandes Jorge e Joaquim Manuel Magalhães. A Agustina é a escritora menos poética que conheço que mais se aproxima da aleatória preguiça e elevação selectiva da poesia. Ela não gosta da poesia porque não gosta, com razão e alguma falta de respeito, da frente que três ou quatro bons poetas portugueses – vivos ou mortos – lhe fazem, sem intenção e contra vontade.
A Agustina pessoa nada tem de enigmática. É uma curiosa; uma entusiasta; uma bisbilhoteira e uma comediante. Não conheço companhia mais divertida, imprevisível e desconcertante. A Agustina é o ser vivo mais vivo que já conheci.
Nada me espantaria saber que tudo o que escreveu tinha sido escrito por outra pessoa. Este é o maior elogio que se pode fazer a um escritor: só pode ter sido ela.